Na sexta-feira passada, 19, o Yahoo iniciou um processo formal que pode resultar na venda de toda ou parte da empresa. A companhia já procura por potenciais compradores para os seus ativos.

O conselho da gigante da internet formou um comitê de diretores independentes junto com assessores financeiros, encabeçado pelo banco Goldman Sachs e as financeiras PJT Partners, Cravath e Swaine & Moore, para analisar as opções estratégicas de vendas e discutir o plano de passar 15% da participação nos negócios operacionais para a companhia chinesa Alibaba.

Em um comunicado, o conselho afirmou que está comprometido em explorar alternativas estratégicas apoiando simultaneamente a administração e os funcionários durante o processo. Ele ainda acrescentou que acredita que esta é a melhor forma de atingir o interesse dos acionistas e maximizar o valor da companhia.

O movimento vai permitir que potenciais concorrente examinem as finanças e decidam em fazer ofertas. Mais de uma dúzia de empresas e investidores de private equity manifestaram interesse na compra, entre eles a Verizon, a AT&T e a Comcast, além dos fundos de investimento Bain Capital Partners, KKR & Company e TPG.

A presidente-executiva Marissa Mayer tem resistido a ideia de venda imediata. Em vez disso, ela concentrou esforços na racionalização e melhora do core business da empresa. Mesmo assim, alguns investidores perderam a confiança na estratégia da executiva, sendo que depois de três anos e meio à frente do Yahoo, ela mostrou pouco progresso, quando comparado com os 21 anos da companhia no mercado.

O CEO do fundo Starboard Value, Jeff Smith, dono de 0,8% das ações do Yahoo, é um dos cabeças do movimento de investidores que defende a separação dos negócios de marketing digital e internet.

As ações do Yahoo fecharam na sexta-feira em US$ 30,03 cada, valorizando toda a empresa em cerca de US $ 28 bilhões. No entanto, seus papéis caíram cerca de 10% este ano, depois de cair 34% em 2015.

No último dia 3 de fevereiro, a empresa divulgou o balanço referente ao quarto trimestre de 2015, cujas perdas foram de US$ 4,43 bilhões. Além disso, já foi anunciado um corte de 15% dos funcionários e o fechamento de escritórios em Dubai, Cidade do México, Buenos Aires, Madri e Milão.

Via Bloomberg e The New York Times