Venda de operação móvel já está fechada, diz CEO da Oi

Rodrigo Abreu afirmou em transmissão ao vivo que faltam apenas os 'ritos de homologação'
Vinicius Szafran02/10/2020 23h00, atualizada em 02/10/2020 23h25

20201002075235

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Rodrigo Abreu, CEO da Oi, afirmou nesta sexta-feira (2) que a empresa concluiu seu processo de transformação e separação estrutural. A mudança ainda prevê a venda de quatro ativos da companhia: datacenters, Oi Móvel, unidade de torres e InfaCo. Segundo o CEO, a maior parte já está bem encaminhada, ainda mais após a vitória na Assembleia Geral de Credores.

“Três desses processos já estão fechados, incluindo a operação móvel, que agora é uma questão de esperar apenas os ritos de homologação do plano para fazer o leilão judicial. Estamos muito confiantes”, afirmou Abreu, durante uma live promovida pelo Boston Consulting Group (BCG).

O executivo acredita que a resiliência da Oi mesmo em momentos mais críticos foi o que manteve a empresa funcionando e saudável nos últimos anos. Se tudo acontecer de acordo com o cronograma, as vendas devem ser encerradas em meados de 2022. Abreu, no entanto, é mais otimista, e fala em concluir a maior parte das negociações já no próximo ano.

Reprodução

Rodrigo Abreu, CEO da Oi. Imagem: Divulgação

Superando dificuldades

O executivo lembra que, quando o novo conselho assumiu, havia inúmeros desafios pela frente. Por exemplo, a Oi precisava vender um ativo praticamente invendável na África, manter uma operação móvel praticamente sem investimentos e sabendo que perderia para os concorrentes no mercado, resolver a equação de sustentabilidade de funding de curto prazo e reduzir os custos de uma companhia já trabalhando com custos reduzidos há um bom tempo.

“As pessoas achavam que isso era inviável. A solução foi ter uma visão clara para onde queremos ir e ir quebrando as fases da transformação”, contou o CEO. Além disso, a empresa também precisava planejar seu futuro, mas encontrou alguns empecilhos. A Oi precisava de investimento para crescer, mas não tinha recursos para investir. Outra necessidade era de reinventar seu modelo para se tornar sustentável a médio prazo e renegociar sua estrutura financeira.

“Se eu tivesse que me preocupar em 2019 com o que teria de fazer em 2021, não iria entregar. Então vendemos a Unitel, trouxemos um aporte financeiro importante”, explicou Abreu. “Comunicamos de maneira clara a venda da móvel. Colocamos o foco na operação e a móvel teve a segunda melhor performance de pós-pago. Avançamos na fibra e estamos chegando a dois milhões de assinantes e hoje a Oi é a empresa que mais cresce em banda larga de alta velocidade”.

Via: TeleSíntese

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital