Venda de fitas cassete cresce 74% em um ano

Redação24/01/2017 11h33

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Streaming pode ser o modo mais futurístico de se ouvir música, mas ele não é o único que tem crescido. Os discos em vinil atingiram um pico anual de vendas em 2016, totalizando mais de 13 milhões de unidades vendidas nos EUA após 11 anos seguidos de crescimento. Mas, no país, o formato que mais cresceu, segundo a Billboard, foram as fitas cassete, cujas vendas aumentaram 74% em 2016.

Embora o crescimento seja enorme, o número total continua pequeno: apenas cerca de 129 mil fitas foram vendidas no país no ano. No entanto, considerando que em 2015 apenas 74 mil fitas saíram das lojas, o crescimento impressiona. Em 2016, mais de 25 fitas diferentes superaram as mil cópias vendidas nos EUA; em 2015, apenas oito conseguiram atingir essa meta.

O mercado foi impulsionado pelo relançamento dos álbuns “Slim Shady LP”, do rapper Eminem (que vendeu 3.000 unidades) e “Purple Rain”, do Prince, falecido em 2016 (2.000 unidades). Também ajudou o fato de que artistas populares, como Justin Bieber e The Weeknd, lançaram seus novos trabalhos nesse formato. Cada um desses dois vendeu quase mil fitas em 2016.

No entanto, os “Guardiões da Galáxia” também deram uma grande ajuda ao mercado: a fita “Awesome Mix Vol. 1”, que aparece no filme, foi a mais vendida do ano, com 4.000 unidades. Mais impressionante ainda é o fato de que a fita também vendeu 4.000 unidades em 2015. Como o Engadget aponta, provavelmente o fato de ela ser idêntica à fita ouvida por Starlord no filme impulsionou as vendas.

Como as pessoas ouviram música em 2016

De acordo com o relatório anual de música da Nielsen (pdf), as pessoas ouviram mais música em 2016 do que no ano anterior. O volume total de música ouvida por qualquer meio cresceu 5%, mas isso majoritariamente graças a um crescimento de 76% nos serviços de streaming de música, contando tanto serviços pagos quanto gratuitos.

Ao todo, 38% da música ouvida no ano foram por streaming, que se consolidou como o principal meio de audição. Isso foi em detrimento das vendas digitais: com a possibilidade de pagar para ter acesso a muita música, a ideia de comprar arquivos da internet perde força. A venda de álbums, aliás, caiu em todos os formatos, mas o relatório aponta que o crescimento dos serviços de streaming foi suficiente para compensar essa queda.

Formatos físicos, no entanto, tiveram em 2016 um ano positivo: foi a primeira vez que eles responderam por uma porcentagem maior da venda de discos em relação ao ano anterior. Um crescimento desse tipo não era visto em mais de uma década. O relatório sugere que a disponibilidade de serviços de streaming fez com que audiófilos investissem mais em formatos físicos. Também pode ter contribuído o fato de que fitas e vinis costumam vir com códigos para downloads digitais.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital