A Uber pode estar prestes a se livrar do Xchange Leasing, o seu serviço que aluga carros para motoristas que querem começar a dirigir para o aplicativo. Segundo a Reuters, uma pessoa familiarizada com os planos da empresa informou que ela estaria avaliando opções para o serviço, incluindo vendê-lo para outra companhia.

Nos Estados Unidos, o serviço tem 14 concessionárias e já opera mais de 40 mil carros. Mesmo assim, ele ainda está muito longe de ser lucrativo. De acordo com uma matéria do Wall Street Journal, cada um desses carros gera à Uber um prejuízo de US$ 9.000 (cerca de R$ 28 mil); a estimativa inicial da empresa era de que essa perda ficaria em torno de US$ 500 (R$ 1.570) por carro.

Por esse motivo, a empresa estaria interessada em se livrar da divisão, segundo as fontes. Esse movimento, no entanto, poderia implicar a eliminação de mais de 500 empregos dentro da Uber. Considerando que ela emprega diretamente mais de 15 mil pessoas, isso representaria mais de 3% da sua força de trabalho. Esses 15 mil não incluem os motoristas do aplicativo, que, segundo a empresa, não têm nenhum vínculo de emprego com ela.

Outras opções exploradas pela Uber seriam reduzir a operação do serviço nas regiões em que ele mais causa prejuízo (o que também ameaçaria os empregos) ou operá-lo em parceria com outra empresa, segundo as fontes. 

Essa questão em torno do serviço de aluguel aparece logo após a revelação de um caso grave em torno desse negócio em Singapura. Por lá, descobriu-se que a Uber alugou centenas de carros que ela sabia que tinham defeito a motoristas, sem informá-los sobre o problema. Um deles chegou a pegar fogo com o motorista dentro.