A Uber continua sendo um buraco negro de dinheiro. A empresa continua perdendo quantias bilionárias ano após ano, como revela o relatório financeiro mais recente divulgado pela companhia de transporte. Em 2018, o prejuízo acumulado foi de US$ 1,8 bilhão.
Apesar de o valor parecer assustador, a notícia não é exatamente ruim. A Uber conseguiu reduzir o prejuízo anual na comparação com 2017, quando havia perdido US$ 2,2 bilhões. Da mesma forma, as receitas anuais chegaram à casa dos US$ 11,3 bilhões, o que representa uma alta considerável de 43% na comparação com o aferido em 2017.
Os números da empresa são importantes porque a empresa está se preparando para a abertura de capital. Espera-se que o processo de IPO, que foi aberto confidencialmente (mas que já vazou), seja um dos maiores da história, movimentando quantias gigantescas. A empresa precisa provar a investidores que seu modelo de negócios é viável a longo prazo para isso se concretizar.
Um dos desafios enfrentados pela Uber é a concorrência pesada em múltiplos mercados. Nos EUA, a Lyft é um exemplo; no próprio Brasil, a 99, que pertence à gigante chinesa Didi Chuxing, se estabeleceu como um desafiante à altura. Outros países e regiões veem situações similares, o que força a Uber a reduzir preços de corridas, reduzir margens de lucro para pagar mais a motoristas e investir pesado em marketing e recrutamento.
Os números anunciados pela Uber mostram que a empresa ainda está em franca expansão, o que são boas notícias. No entanto, a empresa ainda precisa provar que pode transformar esse crescimento em lucro em algum momento. Até então, a Uber tem se sustentado graças a investimentos bilionários feitos por empresas interessadas em ter uma participação na companhia.