Mesmo após escândalos como o Note 7 explosivo e a prisão de um de seus principais dirigentes por envolvimento em um esquema gigantesco de corrupção, a Samsung parece estar indo a todo vapor. A empresa anunciou hoje um lucro recorde de 14,53 trilhões de won (cerca de R$ 42,6 bilhões) ao longo do terceiro trimestre de 2017.

Embora trate-se de um resultado impressionante, a empresa já esperava números nessa casa. O lucro veio de uma receita total de R$ 181,7 bilhões ao longo do trimestre. Os maiores responsáveis por essa renda foram os setores de IT & Mobile Communications (responsáveis por dispositivos móveis e computadores) e o de Device Solutions (que responde por painéis LCD, chips de memória, sistemas integrados e outros componentes). Juntos, esses dois setores geraram quase 90% da receita da empresa.

A Samsung mencionou o lançamento do Galaxy Note 8 e as vendas fortes da linha Galaxy J como os principais responsáveis pelo bom resultado de seu setor de TI e comunicações móveis. Ela pretende manter as vendas fortes no semestre que vem, “embora espere-se que a concorrência se intensifique no segmento premium”.

No entanto, em termos de lucro, o cenário muda. Embora o setor de Device Solutions seja também o mais lucrativo, o ramo da Samsung que apresentou maior margem de lucro foi o de semicondutores – no qual entram processadores, chips de memória e sensores de imagem, por exemplo. Só ele gerou quase 10 trilhões de won (R$ 29 bilhões).

Telas flexíveis

O setor de painéis de display também teve bom desempenho no período (ele gerou cerca de R$ 24 bilhões em receita e R$ 2,8 bilhões de lucro), mas a empresa considera que ele foi prejudicado. Isso por conta dos “custos elevados para iniciar novas produções de OLED”. Isso sugere que a empresa está investindo para aumentar a produção de painéis desse tipo no futuro.

“Para 2018, a Samsung espera que produtos OLED se tornem mais comuns na indústria de smartphones, especialmente conforme painéis flexíveis aumentam entre os dispositivos top de linha”, diz a empresa no anúncio. Com isso, entende-se que algumas fabricantes podem lançar celulares com painéis flexíveis ao longo do próximo ano.