O Parlamento Europeu teve uma ideia curiosa sobre como os robôs trabalhadores devem ser tratados no continente. O rascunho de uma moção apresentada em 31 de maio propõe que essas máquinas sejam consideradas “pessoas eletrônicas”.

A classificação serviria para aplicar direitos e obrigações aos robôs, num momento em que aumenta a preocupação de que a força de trabalho robótica esteja causando aumento do desemprego.

O documento pede que a Comissão Europeia considere “que ao menos os robôs autônomos mais sofisticados poderiam ser estabelecidos tendo o status de pessoas eletrônicas, com direitos e obrigações específicas”.

Cada máquina também deveria ser registrada num sistema único, o que ajudaria os governos a fazer um controle sobre a aplicação das regras.

Tudo isso devido à ideia de que a substituição de trabalhadores humanos por robôs cause uma desestruturação nos programas de seguridade social. Até por isso a moção pede que organizações declarem quanto estão economizando com a troca em termos de taxação empregatícia.

O Parlamento, entretanto, precisa convencer os políticos do bloco a apoiar a causa e levá-la a outro tipo de aplicação, porque – como explica a Reuters – o órgão não tem autonomia para propor leis.