Pagar por aplicativos é difícil para brasileiros, diz CEO do WhatsApp

Equipe de Criação Olhar Digital19/01/2016 13h37

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Recentemente, o WhatsApp eliminou a taxa de US$ 0,99 que usuários precisavam pagar anualmente após o primeiro ano de uso do aplicativo. Em entrevista à Wired, o CEO da empresa, Jan Koum, explicou que a medida teve uma série de motivações, como mudar o modelo de negócios e auxiliar a expansão do app.

Modelo de negócios

Koum explicou que após mudar a forma como as pessoas se comunicam entre si, o aplicativo “agora quer fazer a mesma coisa com mensagens comerciais”. Em outras palavras, o CEO imagina que, no futuro, as pessoas poderão usar o WhatsApp para se comunicar também com outros negócios. E, provavelmente, o aplicativo pretende cobrar algum tipo de taxa das empresas que o utilizarem no seu dia-a-dia.

Não se trata de uma ideia improvável. Afinal, um brasileiro já conseguiu desenvolver uma ferramenta que permite pedir pizza pelo WhatsApp de maneira automatizada. E o próprio Facebook Messenger parece estar a caminho de oferecer soluções semelhantes a lojistas e prestadores de serviço.

Expansão

Outro motivo que levou o WhatsApp a abolir a cobrança foi que, segundo Koum, mesmo sendo consideravelmente pequena ela ainda era um obstáculo ao crescimento do aplicativo. “Para pessoas no Brasil ou na Índia, é muito difícil pagar. Elas não têm necessariamente cartões de crédito ou a infraestrutura para fazer os pagamentos”, disse Koum

Segundo o Business Insider, embora o WhatsApp nunca tenha divulgado publicamente quantas pessoas pagam pelo serviço, documentos vazados revelaram que o app rendeu cerca de US$ 15 milhões no primeiro semestre de 2014. Durante esse período, contudo, a empresa perdeu cerca de US$ 250 milhões.