A Amazon lançou nesta semmana o Kindle Oasis, o seu leitor digital mais fino, leve e caro até hoje. E, pela primeira vez, o lançamento de um novo Kindle foi feito ao mesmo tempo no Brasil que no resto do mundo, o que mostra que a empresa vê com bons olhos o mercado local.
Segundo Alexandre Munhoz, gerente geral de Kindle da Amazon Brasil, os livros continuam sendo o principal negócio da Amazon, e os leitores digitais são uma extensão desse planejamento. A missão da empresa, de acordo com ele, é tornar qualquer livro acessível a qualquer pessoa em 60 segundos.
Mercado brasileiro
E, segundo o executivo, a missão da empresa no Brasil não é diferente. Apesar de alguns dados sugerirem que os brasileiros lêem pouco, Munhoz diz que tanto o desempenho dos leitores digitais da empresa quanto de sua loja de e-books no país têmm sido bons. “Nós observamos que quando a gente disponibiliza bom conteúdo a um preço acessível e de uma maneira conveniente, as pessoas consomem”, diz.
Munhoz informa que a loja de livros da Amazon saltou de 13 mil títulos em português em 2013 (quando começou a operar aqui) para 66 mil atualmente. Além desses, a loja também oferece um total de 4 milhões de livros em diversas línguas, e também disponibiliza o serviço Kindle Unlimited, uma espécie de ‘Netflix de livros’, por meio do qual assinantes podem acessar cerca de 30 mil livros em português (e um milhão de livros no total) por R$ 19,90 mensais.
O bom desempenho de seus produtos e serviços no Brasil, menos em um momento menos favorável da nossa economia, motivou a empresa a lançar aqui seu leitor digital mais caro até hoje. E com o diferencial de, pela primeira vez, incluir o Brasil no lançamento mundial do produto.
Leitores digitais
De acordo com Munhoz, a ideia não é que os usuários substituam seus Kindles pelos novos modelos – tanto que as atualizações de software da Amazon ainda são lançadas para todos os leitores digitais da empresa – mas dar a leitores mais exigentes a oportunidade de ter uma experiência diferenciada de leitura.
O Oasis ocupa uma posição de leitor digital “top de linha” que ainda não era preenchida por nenhum aparelho do mercado. E a Amazon continua a oferecer uma série de produtos mais acessíveis no país, como o Kindle com tela sensível ao toque (por R$ 300) e o Kindle Paperwhite (de R$ 479, o Kindle mais vendido no Brasil, segundo a empresa).
O objetivo da empresa com seus leitores digitais, segundo Munhoz, é paradoxal: “nossa visão de longo prazo é que o dispositivo desapareça”, para que a leitura seja a experiência mais direta possível. Por isso o foco em fazer um dispositivo mais fino, leve, ergonômico e com bateria mais duradoura, e não em acrescentar novas funções a ele.