Número de usuários do 5G dobra no 2° trimestre de 2020

Dados apontam que o mercado LTE atingirá seu pico no fim de 2022; tendência é de usuários migrarem para rede 5G no começo de 2023
Da Redação24/09/2020 21h20, atualizada em 24/09/2020 23h36

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De acordo com o último relatório da Omdia, empresa de análises e pesquisas, o número global de usuários da rede 5G dobrou no segundo trimestre de 2020. Com 137,7 milhões de smartphones, o número representa 1.5% do mercado global, mas ainda está longe dos usuários da rede LTE (atual 4G), que tem 60.4% do mercado ou 5,55 bilhões de dispositivos.

A Omdia prevê que no fim de 2025, o número mundial de usuários de celulares irá fechar em 10,3 bilhões. Espera-se que a rede LTE atinja o seu pico na quota do mercado tecnológico (63.3%) no fim de 2021 e atinja seu pico de usuários (6,07 bilhões) no fim de 2022. No início de 2023, começam as migrações maiores para a rede 5G.

Entre 2020 e 2025, a participação no mercado de pessoas usando redes GSM (2G) vai cair de 15.1% para 5.6% e a participação da rede WCDMA (3G) vai cair de 19.4% para 11.3%. Até o fim de 2025, o 5G irá representar quase 30% do mercado global de celulares, com 3,03 bilhões de usuários. Porém, a rede LTE ainda vai dominar com 53.5% do mercado.

Omdia/Reprodução

Projeção da participação das redes no mercado global. Créditos: Omdia/Reprodução.

Mercado

Por ser um sistema que exige certas mudanças de infraestrutura, nem todos os mercados podem arcar com a rede 5G. Um dos líderes na aplicação da nova tecnologia é a China, com mais de 160 mil estações base da rede em mais de 50 cidades. Operadores ainda estão trabalhando para expandir a cobertura e capacidade do 5G para promover a implantação de redes independentes.

Os Estados Unidos, grande rival comercial da China, inaugurou sua rede 5G em abril de 2019, nas cidades de Chicago e Minneapolis. De lá pra cá, o governo Trump vem criando uma série de sanções e boicotes à Huawei, alegando que a tecnologia da empresa chinesa representa uma ameaça à segurança nacional nas nações que a adotam, pela proximidade da companhia com o governo chinês.

Para muitos analistas, porém, a razão real seria impedir o avanço tecnológico chinês, um competidor das companhias de tecnologia americanas. Essa disputa pelo topo das inovações mundiais prejudica países que não estão diretamente ligados a briga.

No Brasil, as faixas de frequência usadas pelo 5G ainda serão leiloadas pela Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações) em 2021. O serviço provavelmente será oferecido no mercado brasileiro com plenitude por volta de 2023.

Fonte: GizChina

Colaboração para o Olhar Digital

Da Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital