A fabricante chinesa de smartphones Xiaomi está passando por uma fase de expansão global: apresentou nesta semana o seu primeiro drone e lançou no mercado dois smartphones só neste semestre. No entanto, o Brasil perdeu importância nos planos da asiática.
Em entrevista ao AndroidPIT, o vice-presidente internacional da empresa, Hugo Barra, afirmou que o país não receberá novos dispositivos da marca no “curto prazo”.
Além disso, por conta do fim da Lei do Bem, que garantia isenções tributárias na fabricação local de smartphones, a companhia chinesa decidiu encerrar a produção de dispositivos no por aqui. “Como as regras para os incentivos fiscais oferecidos no Brasil para a produção local estão em constante mudança, optamos, neste momento, por pausar a produção. Para os próximos produtos, essa avaliação será feita novamente”, explicou.
A equipe que atua no Brasil também será diminuída. Segundo Barra, os setores de Marketing e Social Media serão transferidos para o escritório central da companhia, em Pequim. As áreas que continuarão a funcionar são as de e-commerce, suporte ao cliente, assistência técnica, logística, finanças e gerência geral.
A Xiaomi também está redesenhando o seu modelo de negócios, ao invés de continuar vendendo seus produtos via o seu site (MI.com), as vendas serão realizadas nas lojas onlines e offlines da operadora Vivo, e pelos parceiros de e-commerce, sendo eles Submarino, Americanas.com, Shoptime, Casas Bahia, Extra, Pontofrio, Walmart.com, Webfones e Ricardo Eletro.
Apesar das mudanças na operação, Hugo Barra diz que a Xiaomi não está de saída do Brasil.