Twitter está caminhando para o seu fim e CEO não está fazendo nada

Redação17/05/2016 16h24, atualizada em 17/05/2016 16h29

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Na última segunda-feira, 16, foi anunciado que o Twitter pretende fazer uma grande mudança em sua plataforma: deixar de contar fotos e links como caracteres comuns. Ou seja, os usuários poderão escrever mensagens com mais de 140 caracteres nesses casos. No entanto, esse movimento pode indicar que a empresa está no início de sua decadência.

Embora a mudança seja bem-vinda, ela não deve resolver a queda das ações da empresa, além de mostram pouca agilidade do fundador e CEO Jack Dorsey em lidar com os problemas de mercado. 
Atualmente, as ações do migroblog estão girando em torno de US$ 14,28, pouco acima dos US$ 13,90 registrados no início do mês e que foi o seu menor valor até então, e bem abaixo dos níveis recordes de US$ 69 em meados de 2014.

Além disso, analistas avaliam que, ao longo do tempo, a rede social se tornou um lugar para “intolerantes, valentões e piadistas” se expressarem, o que acabou envenenando a atmosfera para os usuários regulares. Dados da API mostram que o número de tweets caiu de 661 milhões em agosto de 2014 para 303 milhões em janeiro desde ano.

Em suma, não é nenhum segredo que o Twitter está lutando para manter seus usuários, quando comparado com o sucesso de rivais como o Facebook, Instagram e Snapchat.

Estes problemas são uma parte fundamental de porquê Dorsey, que foi demitido em 2008, foi trazido de volta como CEO em junho do ano passado. A intenção era de que o co-fundador teria autoridade moral para motivar as equipes em fazerem grandes mudanças. Mas as mudanças que estão sendo feitas não parecem ser tão grandes assim.

A recente mudança anunciada de parar de contar fotos e links caracteres não impressiona os usuários que abandonaram o microblog em busca de outras redes que já faziam isso antes ou que nunca limitaram o tamanho das mensagens.

Vale lembrar que o Twitter não é uma empresa jovem. Lançada em 2006, se as pessoas não usam a plataforma, não é porque nunca ouviram falar, é porque não querem usar. O ex-CEO Dick Costolo já tinha reconhecido que a linguagem do serviço não era fácil para os recém-chegados.

Outra novidade desde que Dorsey voltou ao cargo é o Moments, uma ferramenta de curadoria do Twitter que usa as mensagens publicados na plataforma para contar histórias sobre os assuntos mais relevantes do dia. Mas relatórios mostram que aguns funcionário de dentro da própria empresa consideram esse um produto falho.

Via Bloomberg e Business Insider

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital