Twitter é processado por ‘falsear’ sua situação financeira

Redação19/09/2016 12h26

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Uma investidora que possui ações do Twitter está processando a rede social pelo que ela e seu advogado alegam ser “declarações materialmente falsas e enganadoras” sobre a situação financeira da empresa. O processo pode ser acessado por meio deste link.

Doris Shenwick, que investiu na rede social, afirma que Dick Costolo (o antigo CEO do Twitter) e Anthony Noto (atual diretor financeiro da rede) fizeram “falsas alegações que fizeram o preço das ações do Twitter ficar artificialmente inflado” entre o final de 2014 e a metade de 2015.

“Está tudo bem”

No último trimestre de 2014, o Twitter divulgou um relatório financeiro que mostrava que apenas quatro milhões de usuários haviam entrado no serviço nesses três meses. Na ocasião, executivos da rede social afirmaram ter confiança de que, no trimestre seguinte, ela voltaria ao patamar de crescimento de cerca de 14 milhões de usuários por trimestre (que foi a média trimestral de 2014).

Após a fala dos executivos, as ações da empresa fecharam em US$ 48,01, de acordo com o ReCode. A promessa dos executivos, contudo, nunca se cumpriu. De fato, no final de 2015, o número de usuários do Twitter basicamente estagnou, embora a empresa continue a afirmar que deve voltar ao seu antigo ritmo de crescimento.

Falsidade

Essa situação fez com que as ações da empresa se desvalorizassem mais de 60% desde o final de 2014, quando os executivos asseguraram os investidores de que a rede social voltaria a crescer no antigo ritmo. Shenwick, portanto, acredita que a empresa foi propositalmente falsa ao garantir seus acionistas de que o crescimento voltaria, e quer que eles paguem por isso.

Por ora, outros investidores ainda não se juntaram à ação jurídica de Shenwick, e ainda não está claro quantas ações do Twitter ela possui. No entanto, caso outros acionistas resolvam tomar medidas semelhantes, a rede social pode se ver diante de um processo preocupante. Isso porque segundo o Securities Exchange Act de 1934 (uma lei dos EUA), “qualquer distorção ou omissão de um fato que investidores considerem que afetaria sua decisão de comprar ou vender ações” compromete a empresa.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital