A Hyperloop One, uma startup dos Estados Unidos com investimento de Elon Musk (o CEO de empresas como SpaceX e Tesla), anunciou ontem uma parceria com a cidade de Moscou, na Russia, e uma empresa local para integrar sistemas de transporte de alta velocidade à rede logística da cidade.

Segundo um dos co-fundadores da Hyperloop One, Shervin Pishevar, a visão da empresa para o longo prazo é “trabalhar com a Russia para implementar uma nova e transformativa Rota da Seda [silk road]: um Hyperloop de cargas que leva contêineres da China para a Europa em um dia”. Por longo prazo, Pishevar provavelmente imagina, como o CEO da Hyperloop One, que o sistema deva estar funcinando até 2021.

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O acordo foi firmado entre a Hyperloop One, a cidade de Moscou e a Summa Group, uma mega corporação do ramo de portos e petróleo controlada pelo bilionário Ziyavudin Magomedov. Magomedov também considerou que “no longo prazo, a Hyperloop pode catalizar o desenvolvimento da integração econômica regional”.

Pishevar já estava negociando o investimento da Rússia há algum tempo. No dia 16 de junho, ele postou em sua página do Facebook uma foto de uma reunião da qual ele participou com o presidente Vladmir Putin e doze potenciais investidores. Segundo Pishevar “Putin disse que o Hyperloop irá mudar fundamentalmente a economia global”.

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A tecnologia

O Hyperloop foi imaginado pelo próprio Elon Musk, que em seguida ajudou a financiar a empresa que se dispôs a realizar sua visão. Ele seria um meio de transporte de altíssima velocidade no qual vagões carregando passageiros ou cargas se moveriam por um sistema de tubos de metal. 

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Ele usaria tecnologias como levitação magnética e energia solar para mover uma cápsula (o vagão em questão) por um tubo despressurizado. A despressurização e a levitação magnética fariam com que ele atingisse velocidades altíssimas sem a necessidade de muita energia. Algumas imagens conceituais do projeto podem ser vistas aqui.

de acordo com Musk, o principal problema da criação do Hyperloop seria investimento, já que ele foi pensado para funcionar com tecnologias já existentes. Além dos fatores já citados, os vagões do meio de transporte deverão ser revestidos de vibrânio – o mesmo material do escudo do Capitão América.

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Não é a primeira vez que a Hyperloop estuda sua entrada num país estrangeiro. De acordo com o The Verge, a empresa já tem estudos de viabilidade em andamento na Finlândia, Suécia, Holanda, Dubai e Reino Unido.