Ao longo do último fim de semana, a SpaceX realizou um disparo de testes de seu foguete Raptor, que a empresa pretende usar para levar humanos a Marte até 2024. O Raptor, de acordo com Elon Musk (o CEO da SpaceX), será três vezes mais potente do que os foguetes Falcon 9 que a empresa utiliza atualmente para levar cargas até o espaço.
O anúncio dos testes foi feito pelo próprio CEO da empresa por meio do Twitter. Eles foram feitos numa área de testes da SpaceX construída especificamente para aguentar esse tipo de força, na cidade de McGregor, no Texas. O tweet de Musk (o primeiro de uma série de quatro tweets sobre o evento) pode ser visto abaixo:
SpaceX propulsion just achieved first firing of the Raptor interplanetary transport engine pic.twitter.com/vRleyJvBkx
— Elon Musk (@elonmusk) September 26, 2016
Missão Marte
Trata-se do primeiro passo de um plano da SpaceX para levar humanos até Marte. De acordo com o Engadget, a empresa está desenvolvendo uma espaçonave chamada Interplanetary Transpot System (ITS), que deverá ser capaz de levar até 100 toneladas de carga até o planeta.
Inicialmente, a SpaceX pretende lançar em 2018 uma nave não-tripulada até o planet; em 2024, o objetivo é levar uma missão tripulada até lá. Ainda segundo o site, Musk participará amanhã do International Astronautical Congress, no México, onde fará um discurso com o título “Fazendo dos humanos uma espécie interplanetária”. Ele ainda deve aproveitar a oportunidade para tentar convencer atores estatais e privados a investir em seu projeto.
Futuro dos foguetes
Chegar até Marte não é o único ojetivo da SpaceX. Um dos motivos pelos quais a empresa foi fundada foi para criar foguetes “retornáveis”: que fossem capazes de levar cargas até o espaço e pousar de novo. O plano tem dado certo, já que a empresa já conseguiu realizar pousos tanto em terra firme quanto no mar.
Por outro lado, a empresa também não está imune a acidentes; algumas de suas tentativas de pouso não dão certo. Além disso, recentemente um foguete da empresa teve um acidente misterioso num teste pré-lançamento e explodiu, destruindo também um satélite do Facebook. O CEO da empresa se desculpou e pediu ajuda pelo Twitter para tentar entender o acidente.