A Samsung anunciou recentemente um recall de todos os smartphones Galaxy Note 7 já vendidos após diversos relatos sobre a bateria do aparelho explodindo. Para garantir que nenhum desses dispositivos continuem ativos, porém, é possível que a empresa desligue remotamente todos os aparelhos que não forem enviados de volta.
Segundo um usuário do Reddit, a empresa anunciou na França que todos os smartphones que receberam a ordem de recall serão remotamente desligados após 30 de setembro. O motivo para essa atitude seria impedir que os dispositivos perigosos continuassem a funcionar, colocando em risco a integridade física de seus usuários.
Com a medida, de acordo com o The Verge, os usuários também serão obrigados a acatar a ordem de devolução. No último fim de semana, a Samsung enviou um comunicado incentivando todos os donos de Galaxy Note 7 a cooperar com o procedimento, o que pode sugerir que a empresa está encontrando dificuldades para garantir que a medida seja cumprida.
Substituição
O procedimento de recall está sendo ligeiramente diferente em cada país. Na França, segundo o usuário do Reddit, os donos de Note 7 começarão a receber, a partir do dia 19 de setembro, um pacote da Samsung com os seguintes itens: um novo Note 7 da mesma cor do dispositivo do usuário, um Gear VR e um envelope pré-pago para que o cliente devolva seu aparelho à Samsung.
Nos Estados Unidos, ainda segundo o The Verge, os clientes podem optar por trocar seus aparelhos por outro Note 7 ou por um Galaxy S7 ou S7 Edge, e receber a diferença de valor em crédito. Além disso, todos os consumidores afetados receberão um vale-presente ou crédito em conta de US$ 25 pea inconveniência.
Por enquanto, no Brasil, o início das vendas do dispositivo foi adiado até dezembro. Esse procedimento pode ter um custo de mais de US$ 1 bilhão para a Samsung. Não é só isso: de acordo com o The Next Web, desde que companhias aéreas começaram a proibir os Galaxy Note 7 em seus vôos, a empresa coreana já perdeu mais de US$ 10 bilhões em valor de mercado.