A Qualcomm está supostamente exercendo pressão junto ao governo americano para remover as restrições comerciais dos EUA de forma a permitir a venda de seus processadores Snapdragon à Huawei.
A empresa argumenta que as sanções possibilitam à Huawei obter peças de outros fabricantes estrangeiros, como a MediaTek e a Samsung. Teoricamente, se houvesse a suspensão das restrições, isso ajudaria as empresas americanas a se manterem competitivas.
Ainda de acordo com o Wall Street Journal, a Qualcomm tem receio de que possa perder espaço para empresas estrangeiras, já que detém forte presença na participação de mercado do chipset 5G.
Snapdragon é o carro chefe da Qualcomm. Foto: Reprodução
Em teleconferência recente, o CEO da fabricante, Steve Mollenkopf, disse que a Qualcomm estava analisando como poderia vender para todos os fabricantes de telefones, “incluindo a Huawei”, o que demonstra o seu interesse em manter negócios com a companhia chinesa.
Empresas como a Intel, Micron e Xilinx conseguiram exceções sobre a proibição, pelo licenciamento de suas tecnologias. Portanto a Qualcomm acredita não estar tentanto realizar o impossível, mas de qualquer forma o sucesso está longe de ser garantido.
Os smartphones representam uma parte fundamental dos negócios da Huawei, e permitir uma exceção importante como essa pode ser visto como um enfraquecimento da proibição. Também pode ser considerado inconsistente quando empresas de software como o Google ainda são impedidas de interagir com a empresa chinesa.
Via: Engadget