Por que investir na carreira de programação?

A concorrência na área de programação é menor, sua oferta de empregos é a mais alta que a quantidade de profissionais e qualificados
Liliane Nakagawa14/01/2020 09h47, atualizada em 14/01/2020 21h01

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* Por Tomás Ferrari

O mercado de tecnologia é um dos mais promissores e movimentou R$ 479 bilhões em 2018, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Para este ano, a previsão é que o segmento cresça 5,7%, o que deverá se repetir até 2022. Isso, sem dúvida, é o reflexo da inserção de soluções modernas em diversos setores da economia.

Filtrando para o campo de programação, os profissionais desse setor correspondem a 40% das vagas no mercado de trabalho de TI , de acordo com levantamento da Conquest One, empresa de Staffing especializada em TI. É visível que essa profissão foi uma das poucas que não foi atingida pela escassez de vagas dos últimos anos. Então, se você está buscando uma área para ingressar, que tal investir na carreira de programador?

Qualquer que seja a especialização, um especialista em programação não tem grandes dificuldades de conseguir uma boa renda. Além do que, a oferta de empregos, nesse segmento é mais alta que a quantidade de profissionais e qualificados nesse mercado. Em um país de 13,4 milhões de desempregados, o segmento tem, no momento, 5 mil vagas abertas apenas em startups (empresas nascentes). Considerando, ainda, todo o ecossistema de tecnologia, as companhias devem abrir até 70 mil novos postos durante o ano de 2019 inteiro.

Mas, se há tanta gente procurando emprego, como se explica a dificuldade de unir trabalhadores ávidos por oportunidades às vagas disponíveis? Embora a demanda por especialistas em tecnologia seja alta, as universidades só formam 46 mil pessoas em áreas ligadas a TI, por ano. Ou seja, é uma profissão que conta com pouca concorrência e possui alta demanda no mercado.

Atualmente, os programadores possuem um leque muito grande de atuação. Isso porque são os responsáveis pela criação de softwares, sistemas e aplicativos, recursos que alavancam qualquer negócio. Além disso, todos os tipos de empresas usam sistemas específicos para computadores, ou seja, praticamente toda companhia precisa de pessoas dessa área no quadro de colaboradores.

Fora isso, a profissão requer baixo investimento. Claro que é necessário atualização constante, mas, para isso, é necessário muito mais esforço do que subsídios financeiros, propriamente ditos. O investimento para quem atua nesse segmento é basicamente em estudo, que é o básico para qualquer área de atuação.

E, principalmente para as gerações que estão chegando ao mercado agora, programar não é sinônimo de monotonia e rotina. Ao contrário do que muitos imaginam, essa função requer criatividade o tempo inteiro e os desafios que vão aparecendo podem tornar o dia a dia bem movimentado. Especialmente porque é uma área muito dinâmica e interativa.

Porém, quem deseja ingressar neste universo precisa estar disposto a atuar com diversos tipos de demandas, que, por vezes, não estão relacionadas ao mundo tecnológico. Por exemplo, para criar uma ferramenta na área contábil, será necessário estudar as competências relacionadas a contabilidade, também. Ou seja, além das habilidades como programador, ainda será um expert em diversas outras áreas.

Por fim, é uma função que está diretamente ligada a melhorar a vida das pessoas. Um programador precisa usar sua criatividade constantemente para desenvolver ferramentas, programas que interfiram diretamente na rotina das pessoas. Tudo aquilo que surge no universo digital e que as todos agradecem a existência por facilitar o dia a dia, vieram de um programador. Inclusive, esse profissional pode usar as habilidades para o próprio benefício. É ou não uma boa área para apostar?

* Tomás Ferrari é sócio fundador da GeekHunter, plataforma digital com soluções voltadas para o mercado de recrutamento de desenvolvedores de software

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Olhar Digital

Liliane Nakagawa é editor(a) no Olhar Digital