A Microsoft criou uma armadilha para mosquitos com o objetivo de combater doenças como Zika, malária, dengue e outras infecções transmitidas pelos insetos. A criação da empresa começará a ser testada na cidade de Harris county, no Texas (EUA), em julho.

Segundo a CNN, o aparelho é um cilindro com cerca de 40 centímetros de altura e 64 compartimentos para capturar mosquitos. Ele emite gás carbônico, que atrai os insetos, com o intuito de fazê-los entrar nos compartimentos. Quando isso acontece, ele usa uma luz infravermelha para identificar o tipo de mosquito que pousou lá.

Como há mais de 3600 espécies de mosquito no mundo e apenas algumas delas são capazes de transmitir as doenças, a armadilha usa luz infravermelha para saber de qual espécie se trata. A maneira como a luz é refletida pelo compartimento revela essa informação. Se o mosquito que pousou lá for potencialmente nocivo, a porta do compartimento se fecha e ele é morto; caso contrário, a porta fica aberta para que ele saia.

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Vantagens

Uma das principais vantagens da armadilha criada pela Microsoft é que ela permite aos oficiais de saúde pública saber com certeza quando um mosquito nocivo foi capturado. Outras armadilhas acabam matando todos os mosquitos (em vez de alvejar apenas aqueles capazes de transmitir doenças), e não conseguem fornecer esse tipo de informação. 

Isso, por sua vez, permite que os oficiais tenham algum controle da população de mosquitos nas regiões. Dessa forma, ainda que eles cheguem a transmitir a doença, ela não chegará de forma súbita ao local, e dará tempo para que outras medidas de prevenção e combate sejam tomadas.

Eventualmente, as armadilhas também poderão identificar diversos tipos diferentes de mosquitos (além de distinguir apenas entre os nocivos e os não-nocivos). Elas também coletarão informações como temperatura, nível de umidade do ar e hora em que o mosquito pousou lá, e com isso conseguirão oferecer mais dados sobre o comportamento de diferentes espécies de mosquito naquela área. 

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Drones

Outro plano da empresa para o futuro é utilizar drones para determinar os melhores locais onde se colocar as armadilhas. As aeronaves autônomas voarão sobre determinadas áreas tirando fotos, e as imagens serão posteriormente analisadas por computadores.

Fatores como vegetação, estruturas e focos de água parada seriam então detectados pelos computadores, que usariam essa informação para ajudar a escolher os melhores pontos para o posicionamento das armadilhas. A ideia é que a vigilância dos drones sobre as áreas afetadas seja contínua, de maneira a permitir que os oficiais de saúde pública respondam a mudanças na região com mais armadilhas (ou posicionando melhor aquelas que já estão colocadas).