As medidas da China para alcançar a autossuficiência tecnológica e se tornar um país neutro em carbono pode reduzir seu crescimento econômico para uma média de 3% na próxima década, segundo o relatório da agência de classificação de risco S&P Global Ratings.

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China pretende se tornar neutra em carbono até 2035. Imagem: Pixabay

Em um comunicado divulgado na quinta reunião plenária do comitê central do Partido Comunista Chinês, a China declarou seu objetivo de, até 2035, tornar-se tecnologicamente independente e conquistar avanços significativos em tecnologias essenciais.

A neutralização de carbono, por exemplo, pode ser alcançada à medida que mais tecnologias são utilizadas para otimizar os dispositivos, além da redução do desmatamento e do consumo de combustíveis fósseis. O uso de outras fontes de energia, como a fotovoltaica e vapor de água, entre outras fontes de combustíveis renováveis, também se soma ao esforço para se alcançar tal objetivo.

Plano de cinco anos

A meta de se tornar independente tecnologicamente faz parte do plano de cinco anos (2021-2025), que será anunciado pela China em março de 2021. Além disso, o país asiático pretende reforçar seu compromisso de se tornar neutro em carbono até 2060.

Segundo o relatório da S&P Global, caso o país asiático consiga colocar em prática as suas estratégias, a economia global passará por um grande realinhamento.

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O preço da autossuficiência será o crescimento econômico mais lento. Imagem: Pexels/Reprodução

Para a própria China, ainda de acordo com a agência de classificação de risco, o preço de uma maior autossuficiência será, quase certamente, um desenvolvimento econômico mais lento. Além disso, as diversas cadeias de suprimentos seriam negativamente impactadas.

Dessa forma, os esforços sustentados da China para alcançar seus objetivos podem impactar no crescimento real do PIB, que no período entre 2021 e 2030, cairia para uma média de 3%.

Fonte: Reuters