Adicionando força a rumores do mês passado, relatos da mídia chinesa dão conta de que a Huawei já teria vendido a subsidiária Honor, especializada na fabricação de smartphones de entrada e intermediários. A informação ainda não tem confirmação oficial, mas diversos veículos asiáticos esperam um anúncio formal da empresa em 20 de novembro.
Diversos canais afirmam que a talvez ex-subsidiária da Huawei agora será comandada por uma joint venture formada por várias empresas do setor: Putian, Tianyin, China Post, Aishide (todas distribuidoras de smartphones na China), bem como uma empresa de investimentos. O valor do negócio estaria entre 15 bilhões e 25 bilhões de yuan – US$ 2,2 bilhões a US$ 3,7 bilhões.
Honor é uma subsidiária da Huawei especializada em smartphones com configuração intermediária. Imagem: Huawei/Divulgação
A venda, caso confirmada, permitiria à Honor voltar a negociar com empresas dos Estados Unidos, sobretudo na fabricação de smartphones com chipsets americanos, como outras empresas costumam fazer com a Qualcomm, por exemplo. A “guerra comercial” entre EUA e China – que resultou no banimento da Huawei da nação norte-americana há alguns anos – só vale para o lado corporativo da empresa chinesa e suas propriedades.
Ao se separar completamente da Huawei, a Honor consegue autonomia operacional e gerencial suficientes para não apenas adquirir componentes anteriormente restritos a ela, como também poderá lançar produtos equipados com Android. O sistema operacional móvel do Google também é isolado da Huawei, que recentemente lançou o Mate 40 Pro, o qual deve ser o último da empresa equipado com o Android.
No lado operacional, a suposta transação inclui também a cadeia de fornecedores, os colaboradores e empregados, equipes de pesquisa e desenvolvimento e todas as estruturas sob o nome da Honor. Isso pode facilitar a vida de novos proprietários, quando estes tentarem reativar os negócios da marca, combalidos pela disputa da Huawei com os EUA.
Em outubro, foi relatado na mídia que empresas como a Xiaomi, TCL e o Digital China Group eram algumas das interessadas em adquirir a Honor, mas as informações também foram tratadas como rumores e não ganharam tração.
A Huawei não comentou as informações até o momento.
Fonte: Techradar