O Google decidiu acabar com as especulações ao confirmar que está mesmo desenvolvendo um bloqueador de publicidade para o Chrome. Atualmente, o único grande navegador que oferece algo semelhante é o Opera.
Em um comunicado divulgado na última quinta-feira, 1, a empresa revela que o recurso entrará em funcionamento “no começo de 2018” e será capaz de bloquear até mesmo anúncios desenvolvidos com as suas ferramentas.
Só que, conforme já se falava, a ideia do Google não é bloquear tudo, apenas propagandas consideradas “irritantes”. Para fazer o julgamento, o Google optou por seguir diretrizes da Coalition for Better Ads, um grupo formado com vários atores da indústria que se dizem dedicados a melhorar a experiência publicitária na internet.
Eles desenvolveram documentos que determinam o que são anúncios bons e ruins (veja aqui). Os primeiros permanecerão visíveis no Chrome, enquanto os demais serão interrompidos — isso inclui banners que forçam o visitante a esperar alguns segundos para entrar no site e vídeos que tocam com som ligado automaticamente.
Sridhar Ramaswamy, vice-presidente sênior de publicidade e comércio do Google, explicou que o Google resolveu pela iniciativa ao observar uma alta no uso de ferramentas que bloqueiam todas as publicidades. Sabendo que isso prejudica o setor como um todo — já que a maioria dos sites depende de propaganda para se manter —, a companhia quis propor um meio-termo.
Os internautas que insistirem nos bloqueadores poderão ser impactados por outra ferramenta do Google, a Funding Choices. Ainda em fase de testes, a plataforma permite que os sites mostrem uma mensagem personalizada a esses visitantes propondo que desabilitem o bloqueador ou paguem por um passe que libera o acesso livre de publicidade.
“Acreditamos que essas mudanças vão garantir que todos os criadores de conteúdo, grandes e pequenos, possam continuar a ter uma forma sustentável de financiar seu trabalho com publicidade online”, escreveu Ramaswamy.