Investidores da ByteDance querem TikTok comprado por empresa dos EUA

Sequoia Capitals e General Atlantic são grandes acionistas da ByteDance, controladora do app, e apoiam proposta feita pela Oracle
Vinicius Szafran25/08/2020 19h00, atualizada em 25/08/2020 19h57

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A novela do TikTok nos EUA parece ainda estar longe de acabar. Em um novo capítulo, dois grandes investidores da ByteDance, empresa dona do aplicativo, estudam um acordo para manter as operações do app no país, mas agora geridas por uma companhia americana. A General Atlantic e a Sequoia Capital visam evitar a proibição imposta pelo governo Trump ao TikTok, de acordo com informações obtidas pelo Wall Street Journal.

As empresas de investimento, grandes acionistas da companhia sediada em Pequim, são as principais responsáveis por uma possível oferta pelo TikTok feita por um grupo que inclui a Oracle. O grupo surgiu recentemente como uma alternativa à Microsoft, que está em negociações para comprar as operações do app nos EUA e em outros três países, desde o início do mês.

A Microsoft pode convidar alguns investidores americanos para participar de sua oferta. No entanto, a Sequoia e a General Atlantic ficaram preocupadas com a possibilidade de não terem lugar no negócio com a Microsoft, e procuraram outro parceiro de tecnologia que poderia lhes dar uma porcentagem das ações. Agora, eles promovem a oferta potencial da Oracle, que logo ganhou apoio público do presidente Donald Trump, embora algumas fontes do WSJ tenham afirmado que as negociações da Microsoft estão fluindo e que investidores externos ainda podem ser incluídos como investidores minoritários nessa oferta.

Tanto General Atlantic quanto Sequoia têm assento no conselho administrativo da ByteDance, que enfrenta grande pressão para vender o braço americano do TikTok antes de expirar o prazo de 45 dias dado pelo governo dos EUA no dia 6 de agosto. Caso não seja vendido após esse período, o aplicativo será banido do país, por supostamente representar uma ameaça econômica e à segurança nacional. Um pedido presidencial subsequente definiu um prazo de 90 dias para a conclusão de qualquer transação.

O TikTok se defendeu, dizendo que a medida era problemática e violava direitos da companhia. A empresa também reiterou que nunca compartilhou dados dos usuários com o governo chinês, não censurou conteúdos a pedido de oficiais do país, além de dizer que disponibiliza diretrizes de moderação e código-fonte do algoritmo.

Os interessados em adquirir o aplicativo devem fazer uma proposta até o fim desta semana, segundo o WSJ. De acordo com algumas fontes, as negociações com a Microsoft são as mais avançadas até o momento, com a empresa esperando concluir o negócio (ou desistir dele) até dia 15 de setembro. O Twitter também tem interesse, mas corre por fora na disputa pelo TikTok.

Via: Wall Street Journal

Vinicius Szafran
Colaboração para o Olhar Digital

Vinicius Szafran é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital