Estudo mostra recuperação da camada de ozônio da Terra

Redação01/07/2016 13h04, atualizada em 01/07/2016 13h07
20160701104334

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Um estudo publicado no periódico científico online Science mostrou que a camada de ozônio da Terra está se recuperando. O estudo confirma o sucesso do Protocolo de montreal, assinado em 1987, que proibia internacionalmente o uso de clorofluorcarbonos (CFCs), que danificavam a camada.

Publicidade

De acordo com a pesquisa, o “buraco” na camada de ozônio (que não é propriamente um buraco, mas apenas uma região mais fina) encolheu cerca de 3,88 milhões de quilômetros quadrados entre 2000 e 2015. Essa área é equivalente a mais de um terço da extensão territorial do Brasil.

Apesar da recuperação, no entanta, os cientistas acreditam que o dano causado à camada de ozônio só será plenamente recuperado por volta da metáde do século XXI. Isso porque os CFCs permanecem na atmosfera por muito tempo, então mesmo que sua emissão tenha sido completamente interrompida, os CFCs já emitidos continuam a causar estrago.

De acordo com Susan Solomon, a principal autora do estudo, “esse é o começo de um longo processo”. Ao New York Times, ela disse que a situação “é como um paciente com uma doença. Primeiro, ela estava piorando. Depois ela parou – estava estável, mas ainda em mau estado”, disse. No entanto, “conforme as moléculas lentamente decaem da atmosfera, está ficando um pouquinho melhor”, completou.

Publicidade

Sucesso ambiental

Os CFCs, como o freon, foram proibidos pelo Protocolo de Montreal de 1987 porque eliminavam o ozônio da atmosfra terrestre. O ozônio, por sua vez, tem o papel de “filtrar” a radiação ultravioleta do sol, permitindo que a luz do sol não afete de maneira tão intensa as nossas peles. A degradação da camada de ozônio provocaria um aumento nos índices de queimaduras e câncer de pele, além de acelerar o derretimento das calotas polares.

Em 2009, a NASA conduziu uma simulação para estudar como a camada de ozônio estaria atualmente caso o Protocolo de Montreal não tivesse acontecido. A smulação mostrava que nesse caso, em 20150 a Terra já não teria quase nenhuma camada de ozônio, e andar no sol por apenas 10 minutos seria suficiente para causar “uma queimadura notável”.

Segundo Susan Solomon, “nós estamos vendo o planeta responder conforme esperado às ações das pessoas. É realmente uma história do público se engajando, políticos tomando atitude enegócios se envolvendo também. Solomon também acredita que o sucesso do Protocolo de Montreal deve ser usado como ponto de partida para a elaboração de outros arcordos de cooperação ambiental internacional.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital

Carregando - aguarde...