Criopreservação: veja quanto custa manter um corpo congelado

Redação18/04/2016 20h19, atualizada em 18/04/2016 20h30

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Com o avanço da tecnologia, muitas pessoas e cientista já pensam em como estender ainda mais a vida ou até torná-la eterna. Recentemente, o fundador da Bulletproof Coffee, Dave Asprey, afirmou que quer viver até os 180 anos através de técnicas de biohacking – um movimento composto por pessoas que usam dados da ciência para se tornares “super-humanos”.

Porém, uma outra técnica também está ganhando espaço na luta contra a morte: a criopreservação. A ciência busca formas de congelar corpos para serem revividos no futuro e as pessoas estão interessadas nessa opção de prolongar a vida. O pioneiro das bitcoins, Hal Finney, é um exemplo disso. Após morrer vítima de esclerose lateral amiotrófica, em 2014, seu corpo foi levado à clínica Alcor Life Extension Foundation, para ser congelado até que encontrassem uma cura para sua doença.

E ele não é o único. Nos Estados Unidos – único país do mundo que realiza o congelamento de corpos –, cerca de 270 cadáveres estão em tanques de nitrogênio líquido, a uma temperatura de 196 °C negativos, esperando o dia em que a ciência conseguirá trazê-los de volta à vida.

O processo de criopreservação é, relativamente, simples. Logo após a morte, todo o sangue é drenado do cadáver e substituído pelo M-22, um líquido com diversos produtos químicos que impede a criação de cristais de gelo e, consequentemente, a destruição das membranas das células. Então, o corpo é submetido à temperatura negativa e mantido em uma cápsula de alumínio dentro de um tanque de 10 metros de altura com 450 litros de nitrogênio líquido.

Quem quiser ser congelado precisa desembolsar de US$ 80 mil a US$ 200 mil, algo em torno de R$ 287 mil e R$ 717 mil – algumas clínicas cobram valores diferentes para congelar o corpo inteiro e para conservar somente o cérebro. Além disso, também pode ser cobrada taxa de inscrição e taxa de manutenção dos equipamentos.

Contras
Na teoria, a criopreservação é um sucesso. O grande problema é na hora de descongelar. Primeiro, o ideal é que a pessoa fosse congelada ainda viva, pois assim que morre, o corpo começa a se decompor e o cérebro a se deteriorar por conta da falta de oxigênio. Então, mesmo que fosse descongelado, o paciente estaria em estado vegetativo; mas a legislação norte-americana só permite que o procedimento de criopreservação seja iniciado depois de declarado o óbito.

O congelamento de um corpo inteiro é muito complicado, porque cada tipo de tecido precisa de um criopreservante diferente e um cuidado específico, sendo que partes são mais fáceis de congelar. Os embriões, por exemplo, podem ser congelados e descongelados porque não são serem complexos.

Além disso, o líquido criopreservante é tóxico para organismos vivos e ainda não se sabe como substituí-lo ou reduzir suas toxinas.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital