Apple vê vendas de Macs e iPads dispararem devido à pandemia

Receitas com dispositivos mais apropriados para o home office aumentaram de forma brusca no primeiro trimestre cheio afetado pelo coronavírus
Renato Santino30/07/2020 23h58

20200318014200

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Apple anunciou nesta quinta-feira (30) os seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2020, que foram perceptivelmente modificados como resultado da pandemia de Covid-19. A empresa viu um crescimento muito forte de produtos que tradicionalmente têm demanda mais estável, como os Macs e iPads.

O aumento de 21,6% nas receitas relativas ao Mac e 31% no faturamento com iPad mostra uma tendência de mercado que já tinha ficado evidente com os anúncios da Microsoft. Com milhões de pessoas subitamente forçadas a trabalhar de suas casas, houve um investimento pesado na renovação de notebooks e tablets indicados para atividades profissionais. É o que ergueu as vendas destes produtos.

No total, o Mac movimentou US$ 7,08 bilhões durante abril e junho de 2020, contra US$ 5,82 bilhões no período de 2019. Já o iPad trouxe US$ 6,58 bilhões em receitas contra o US$ 5,02 bilhões em 2019.

Do outro lado, a empresa viu o iPhone se manter praticamente estável em comparação com o mesmo período de 2019, crescendo 1,6%, o que mostra que, apesar de tudo, a busca pelo celular não diminuiu, mesmo com a crise econômica global causada pela pandemia. Durante o período, foram US$ 26,42 bilhões contra US$ 25,99 bilhões em 2019.

A Apple também tem duas outras divisões que costumam ser subestimadas, mas que se mostram cada vez mais importantes. Os outros aparelhos da empresa, que incluem o Apple Watch, HomePod e demais acessórios movimentaram US$ 6,45 bilhões no período, contra US$ 5,53 bilhões em 2019, com um aumento de 16,7%. A área de serviços, incluindo faturamento com App Store e assinaturas como Apple TV+ e Apple Music, também tem apresentado crescimento expressivo, saltando de US$ 11,45 bilhões para US$ 13,16 bilhões em um ano, o que é um aumento de 14,8%.

“Em tempos incertos, este desempenho é uma prova do importante papel dos nossos produtos na vida dos nossos consumidores e da incansável inovação da Apple”, afirma Tim Cook sobre os resultados alcançados durante o período, ressaltando o crescimento percentual de dois dígitos tanto em produtos quanto em serviços em todas as regiões do planeta. O mesmo pensamento é reverberado pelo diretor financeiro Luca Maestri, que aponta que o trimestre positivo alçou a base instalada de usuários da empresa a um patamar inédito.

Renato Santino é editor(a) no Olhar Digital