Uma reportagem do The Wall Street Journal publicada nesta quarta-feira, 6, sugere que a Apple pode estar se preparando para uma queda nas vendas do iPhone. A chinesa Foxconn, principal fornecedora de componentes para a empresa americana, teria recebido ordem para diminuir a produção e pode até realizar demissões em massa.

Desde o final do ano passado, a Apple desacelerou a compra de novos componentes para montar seus novos iPhones, o 6s e o 6s Plus, segundo fontes ouvidas pelo WSJ. Além disso, a Foxconn também recebeu o equivalente a quase R$ 50 milhões do governo chinês como subsídio para estabilizar suas contas e, assim, evitar cortes de funcionários.

A Foxconn diz que o dinheiro recebido é “um reconhecimento pela contribuição da empresa na manutenção de uma força de trabalho significante na cidade de Zhengzhou ao longo do ano de 2015”. No site do governo, porém, os R$ 50 milhões aparecem destinados a uma espécie de “subsídio de estabilidade para pagamentos de seguro-desemprego”.

A empresa chinesa também teria oferecido férias coletivas antecipadas a uma boa parte de seus funcionários, supostamente por conta da diminuição no ritmo de fabricação de componentes para o iPhone. Um jornal local também revelou que o smartphone está “parado” nas prateleiras de diversas revendedoras há alguns meses, o que tem preocupado os lojistas.

A expectativa é de que a Apple retorne ao ritmo normal somente em abril. No entanto, a empresa se recusou a comentar a reportagem e disse que não divulga previsões de venda.