Tim Cook revelou ontem, em evento do Wall Street Journal, que o Apple Music tem mais de 15 milhões de usuários, mas apenas uma fração deles paga pelo serviço, enquanto a maioria tira proveito dos três meses de gratuidade que a companhia concede aos novos usuários.

“[O Apple Music] está indo muito bem”, afirmou o CEO, conforme reporta o Re/code. “Nós temos hoje mais de 6,5 milhões de usuários pagantes e 8,3 milhões de pessoas em período de testes. Mais de 15 milhões de pessoas estão usando o Apple Music.”

Só que o Spotify, principal produto de streaming de músicas do mercado, conta com 20 milhões de pagantes e mais 75 milhões de usuários da versão gratuita.

A Apple decidiu não apostar num plano free, o que agradou as gravadoras mas deixou os consumidores desconfiados. Para tentar equilibrar as coisas e dar um tempo para que as pessoas descobrissem o Apple Music, a companhia permitiu que os novos usuários aproveitassem todos os recursos gratuitamente por três meses.

A primeira leva de clientes encerrou seu período de testes no fim de setembro, então as primeiras cobranças viriam em outubro. A Apple não divulgou um balanço sobre o serviço, mas em agosto, em seu primeiro mês de existência, havia 11 milhões de assinantes, segundo o chefe de produtos, Eddy Cue – o que significa que a base de clientes aumentou 4 milhões em praticamente 30 dias.

Esperava-se que o lançamento dos novos iPhones impulsionasse o Apple Music, uma vez que o produto vem ativo no iOS 9. Os números revelados ontem por Tim Cook indicam que isso pode de fato pode ter acontecido, pois no começo de setembro análises revelaram que o uso do aplicativo de músicas do iOS caiu após o lançamento do Apple Music.