A Netflix cresce no Brasil a uma velocidade espantosa. De acordo com a coluna Notícias da TV, o serviço de streaming, disponível no país há cinco anos, dobrou seu tamanho neste ano, passando dos 3,2 milhões de clientes em setembro de 2015 para os 6 milhões de assinantes neste ano, com faturamento anual de R$ 1,2 bilhão. Com o valor, a plataforma ultrapassa o SBT, um dos maiores canais da TV aberta brasileira.
Se fosse uma operadora de TV paga, a Netflix seria a segunda maior, ficando atrás apenas da Net, que em outubro de 2016 possuía 7,2 milhões de clientes. A Sky ficaria em terceiro lugar, com 5,3 milhões de assinantes. Os números obtidos pela coluna foram calculados de acordo com dados de login na internet, tráfego de dados e pesquisas de mercado. A margem de erro é de até 10%.
Crescimento
De acordo com a publicação, o Brasil está entre os três maiores mercados do serviço de streaming, sem contar os Estados Unidos. Isso pode ajudar a explicar por que a empresa tem investido em séries produzidas no país, como a “3%”, e em um reality show com o lutador Anderson Silva que deve ser lançado em 2017. O crescimento, inclusive, seria maior do que a média global da empresa, que é de 46% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Impostos
Fontes do setor indicam que o serviço não recolhe PIS, Cofins, ISS, ICMS e Codecine, que é a taxa paga sobre o registro de títulos. Somados, esses impostos “economizariam” R$ 378 milhões por ano para a empresa.
Os executivos da Netflix, sob sigilo, afirmaram que a empresa só não paga ICMS e Codecine, o que renderia uma economia de R$ 200 milhões por ano. Questionada, a Netflix afirma que “é uma empresa baseada no Brasil e paga todos os impostos devidos”.
No ano que vem, a Agência Nacional do Cinema deve lançar uma consulta pública para a regulamentação do serviço de vídeo por demanda. A medida, no entanto, deverá passar pelo Congresso Nacional, o que pode levar anos.