No começo deste mês, uma empresa de Connecticut chamada HoloTouch abriu um processo contra a Microsoft por suposta infração de patentes no desenvolvimento do HoloLens, o visor de realidade mista da criadora do Windows.
Fundada em 2002, a HoloTouch desenvolve soluções como botões e chaves virtuais. A companhia instalou interruptores holográficos em dois hospitais de Connecticut, por exemplo, permitindo que os presentes controlem a iluminação ambiente sem tocar em dispositivos mecânicos.
Em nota, a HoloTouch alega que a Microsoft sabia da existência das suas tecnologias, tanto que manteve contato com a empresa diversas vezes ao longo dos últimos anos. Em 2013, a Microsoft chegou a citar a HoloTouch em uma patente, classificando o trabalho da empresa como “arte anterior”.
Devido a essa conversa entre as duas e à citação feita pela Microsoft, a HoloTouch demanda um tribunal por júri e danos em triplo, o que é possível caso os jurados entendam que a Microsoft de fato infringiu patentes conscientemente.
Tudo leva a crer que a HoloTouch tem um caso forte nas mãos, ainda mais se levado em conta que ela tem patentes não apenas nos Estados Unidos, mas também no Japão, Austrália, Canadá e Reino Unido, além de ter um pedido pendente na União Europeia — o que pode garantir direitos em mais 28 países. Aliás, a HoloTouch afirma que esse é só o primeiro processo; há “várias” outras empresas usando sua tecnologia, e todas serão levadas à Justiça.
O Neowin, que descobriu o caso, procurou as duas companhias para obter posicionamentos, mas nenhuma quis se pronunciar.