Um levantamento publicado ontem pela empresa de pesquisa de mercado IDC revelou que o fim de ano de 2017 foi consideravelmente mais fraco para o mercado de smartphones que o de 2016. De acordo com os dados da empresa, foram vendidos 403,5 milhões de celulares no mundo entre outubro e dezembro de 2017, uma queda de 6,3% ante os 430,7 milhões do mesmo período em 2016.

No total do ano de 2017, foram 1,472 bilhão de aparelhos vendidos no mundo – um resultado praticamente idêntico ao de 2016, quando foram vendidos 1,473 bilhão. Segundo Anthony Scarsella, gerente de pesquisa sobre smartphones da IDC, os mercados desenvolvidos viram quedas maiores, pois os consumidores desses mercados não pareceram ter muita pressa em atualizar seus dispositivos. Nos mercados emergentes, com mais pessoas comprando seus primeiros celulares, houve crescimento.

O mercado de celulares, segundo Jitesh Ubrani, analista de pesquisa sênior da IDC, está se concentrando nas mãos de algumas poucas fabricantes. Entre os dispositivos top de linha, marcas tradicionais como Apple, Samsung e Huawei mantém um forte domínio. Por outro lado, no setor de entrada, as chinesas Vivo, Oppo, Honor e Xiaomi oferecem “incrível concorrência”. Isso dificulta que novas empresas entre no mercado.

Troca de liderança

Tanto a IDC quanto a Strategy Analytics notam que, durante o quarto trimestre de 2017, a Apple superou a Samsung em número de smartphones vendidos. A empresa da maçã vendeu 77,3 milhões de celulares no mundo entre outubro e dezembro do ano passado. A empresa coreana, por sua vez, vendeu 74,4 milhões de tais dispositivos no mesmo período.

Segundo o VentureBeat, não se trata de uma grande ultrapassagem, mas sim de uma tendência recorrente. No ano passado, a Apple também vendeu mais que a Samsung durante o período das festas; nos outros nove meses do ano, porém, a empresa coreana fica na frente.

Considerando o ano de 2017 inteiro, a Samsung vendeu 317,3 milhões de celulares, dominando 21,6% do mercado. Na comparação com o ano anterior, esses números representam um aumento tanto no número total (que fora de 311,4 milhões) quanto na fatia de mercado (21,1%). A Apple, por sua vez, vendeu 215,8 milhões de iPhones e deteve 14,7% de participação de mercado – números maiores (mas não muito) do que no ano anterior (215,4 milhões e 14,6%).