A LG divulgou recentemente seus resultados financeiros referentes ao quarto trimestre (de outubro a dezembro) de 2016. Nos três meses, a empresa teve prejuízo de U$ 224 milhões, movido principalmente por um desempenho insatisfatório de sua divisão de smartphones.
Dentre seus dispositivos móveis, o LG G5 foi um dos destaques negativos: “A margem de lucro foi prejudicada por vendas fracas do G5 e um aumento nos investimentos de marketing”, disse a empresa em um anúncio. No Brasil, o G5 chegou numa versão pouco atrativa, com desempenho intermediário e preço de top de linha.
Por outro lado, o LG V20, outro top de linha da empresa (que não foi lançado no Brasil), teve desempenho melhor. Graças a ele, a receita da divisão de smartphones da LG cresceu mais de 15% no último trimestre, com relação ao trimestre anterior.
Ano decente
Ao todo, de acordo com o TechCrunch, a empresa vendeu 55 milhões de smartphones no ano. Isso representa uma queda marcante para a LG, considerando que em 2015 foram 59,7 milhões e, em 2014, 59,1 milhões. 2017 deve mudar um pouco esse cenário, já que a empresa lançará o G6 em um formato mais familiar aos compradores de smartphones. Além disso, a Samsung não mostrará o Galaxy S8 durante o MWC, em Barcelona, no final de fevereiro, o que dará mais espaço ao dispositivo da LG.
Se esses dados indicam que 2016 foi um ano terrível para a LG, esse não é bem o caso. A empresa registrou um lucro de US$ 1,16 bilhão no total do ano, principalmente resultante do desempenho de suas divisões de ar-condicionado, eletrodomésticos e televisões. Esse lucro foi 12,2% maior que o da empresa em 2015, e veio de uma receita total de US$ 47,92 bilhões – um valor próximo ao do PIB de países como Lituânia, Senegal e Honduras.
O outro setor que contribuiu para o prejuízo da empresa no quarto trimestre foi o de componentes para veículos. Embora ele tenha tido uma receita de US$ 2,4 bilhões ao longo do ano (51% mais que no ano anterior), “custos de pesquisa e desenvolvimento afetaram a lucratividade” do setor, segundo a empresa.
Tags: