Hoje durante o Intel Developer Forum em San Francisco, a Intel revelou que está desenvolvendo um dispositivo de realidade aumentada semelhante ao HoloLens da Microsoft. Chamado por ora de “Project Alloy”, o dispositivo não necessita de nenhum smartphone ou computador conectado para funcionar.
Também por esse motivo, o Project Alloy é completamente sem fios, o que deve dar a seus usuários mais facilidade na hora de se mover pelos espaços virtuais. Além de ter seu próprio processador e bateria, o aparelho será capaz de rastrear o espaço do usuário por meio de uma câmera frontal, além de detectar os dedos do usuário, que poderão ser utilizados como interface.
O dispositivo será compatível com a plataforma Windows Holographic, que a Microsoft pretende disponibilizar para todos os usuários de Windows 10 a partir do ano que vem. Além disso, a Intel também se comprometeu a disponibilizar em esquema open source as especificações técnicas do Project Alloy. Com isso, qualquer pessoa poderá constriur o seu próprio dispositivo.
Realidade mista
Essa medida da Intel parece ser uma forma de se aproveitar da abertura que a Microsoft deu à sua plataforma Windows Holographic. Em junho, durante a Computex, a empresa anunciou que permitiria que outras fabricantes desenvolvessem aparelhos de realidade virtual e mista para a plataforma.
Na ocasião, a empresa chegou mesmo a mencionar a Intel como uma de suas parceiras. Além da Intel, outras empresas que foram citadas na época (e que portanto podem estar desenvolvendo aparelhos semelhantes também) são Qualcomm, AMD, Acer, Asus, HP e HTC.
A ideia da Microsoft é criar dispositivos que misturem realidade virtual com realidade aumentada, criando o que a empresa chama de “realidade mista”. Segundo o Engadget, essa estratégia diferencia os aparelhos da plataforma Windows Holographic (como o HoloLens e o Alloy) dos dispositivos de realidade virtual (como o Oculus Rift e o HTC Vive) em diversis aspectos.
Primeiramente, os aparelhos da plataforma da Microsoft, por não possuírem fios, são mais fáceis de se utilizar em movimento do que os dispositivos da Oculus e da HTC. Além disso, como são aparelhos que funcionam de maneira autônoma, eles não exigem um computador ou smartphone para funcionar, o que deve torná-los mais acessíveis.