Huawei teria vendido marca Honor para focar em topos de linha

Relatos da mídia chinesa chegam cerca de um mês após outro boato afirmar que venda da linha de aparelhos intermediários seria iminente; anúncio oficial deve ser feito em 20 de novembro
Rafael Arbulu09/11/2020 18h18, atualizada em 09/11/2020 18h57

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Adicionando força a rumores do mês passado, relatos da mídia chinesa dão conta de que a Huawei já teria vendido a subsidiária Honor, especializada na fabricação de smartphones de entrada e intermediários. A informação ainda não tem confirmação oficial, mas diversos veículos asiáticos esperam um anúncio formal da empresa em 20 de novembro.

Diversos canais afirmam que a talvez ex-subsidiária da Huawei agora será comandada por uma joint venture formada por várias empresas do setor: Putian, Tianyin, China Post, Aishide (todas distribuidoras de smartphones na China), bem como uma empresa de investimentos. O valor do negócio estaria entre 15 bilhões e 25 bilhões de yuan – US$ 2,2 bilhões a US$ 3,7 bilhões.

Reprodução

Honor é uma subsidiária da Huawei especializada em smartphones com configuração intermediária. Imagem: Huawei/Divulgação

A venda, caso confirmada, permitiria à Honor voltar a negociar com empresas dos Estados Unidos, sobretudo na fabricação de smartphones com chipsets americanos, como outras empresas costumam fazer com a Qualcomm, por exemplo. A “guerra comercial” entre EUA e China – que resultou no banimento da Huawei da nação norte-americana há alguns anos – só vale para o lado corporativo da empresa chinesa e suas propriedades.

Ao se separar completamente da Huawei, a Honor consegue autonomia operacional e gerencial suficientes para não apenas adquirir componentes anteriormente restritos a ela, como também poderá lançar produtos equipados com Android. O sistema operacional móvel do Google também é isolado da Huawei, que recentemente lançou o Mate 40 Pro, o qual deve ser o último da empresa equipado com o Android.

No lado operacional, a suposta transação inclui também a cadeia de fornecedores, os colaboradores e empregados, equipes de pesquisa e desenvolvimento e todas as estruturas sob o nome da Honor. Isso pode facilitar a vida de novos proprietários, quando estes tentarem reativar os negócios da marca, combalidos pela disputa da Huawei com os EUA.

Em outubro, foi relatado na mídia que empresas como a Xiaomi, TCL e o Digital China Group eram algumas das interessadas em adquirir a Honor, mas as informações também foram tratadas como rumores e não ganharam tração.

A Huawei não comentou as informações até o momento.

Fonte: Techradar

Colaboração para o Olhar Digital

Rafael Arbulu é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital