Havaí estuda adoção de renda universal contra efeitos do avanço tecnológico

Daniel Junqueira05/09/2017 13h33, atualizada em 05/09/2017 13h35

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Bilionários como Elon Musk já defenderam abertamente a adoção de políticas de renda básica universal para minimizar os efeitos da automação do trabalho, e agora o Havaí se prepara para testar uma política que garante uma quantia mínima de dinheiro para toda a população local.

Com o avanço da robótica e a implementação de cada vez mais robôs para a realização de tarefas feitas por humanos – como no caso dos carros autônomos da Uber -, há um grande temor de que o desemprego no futuro leve muita gente para a miséria. A adoção de uma renda básica universal teria como objetivo garantir que todo mundo tenha uma quantia mínima de dinheiro para sobreviver independentemente de estar ou não empregado.

O Havaí é um dos primeiros lugares do mundo a estudar uma política do tipo. Uma lei recentemente aprovada quer garantir que “todo mundo se beneficie da revolução tecnológica”, como explicou o deputado Chris Lee, autor do projeto, à CBS. Como o arquipélago é extremamente dependente do turismo e a tendência é que cada vez mais robôs “roubem” empregos de faxineiros, garçons e cozinheiros, a renda universal garantiria que os trabalhadores locais não caíssem na miséria causada pelo desemprego.

No entanto, o projeto ainda tem um enorme desafio pela frente: até agora, ninguém conseguiu apontar uma possível fonte de financiamento para a política. Sem saber de onde vem o dinheiro, fica difícil colocar em prática a renda básica universal.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital