Governo dos EUA vai atuar em parceria com a China para salvar a ZTE

Daniel Junqueira14/05/2018 11h30, atualizada em 14/05/2018 11h35

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Na semana passada, a fabricante chinesa ZTE anunciou o fim das atividades globais devido a represálias sofridas do governo dos Estados Unidos desde o começo do ano. Com sérias limitações para atuar no mercado norte-americano, a empresa disse que seguiria apenas cumprindo leis e regulações relacionadas às suas obrigações comerciais.

Agora, no entanto, os governos dos EUA e da China decidiram se mexer para impedir o fim da ZTE. O presidente norte-americano Donald Trump disse que vai trabalhar em parceria com o presidente chinês Xi Jinping para encontrar uma maneira de fazer a ZTE voltar ao mercado, de acordo com a Reuters.

No Twitter, Trump disse que muitos empregos estão sendo perdidos na China, e por isso ordenou ao Departamento de Comércio dos EUA para colaborar com o governo chinês para encontrar uma solução para a ZTE. A empresa emprega mais de 80 mil funcionários nos escritórios na Ásia, sendo uma das maiores empresas de telecomunicações da China.

Trump não entrou em detalhes sobre o que deve ser feito para ajudar a ZTE, mas grandes partes dos problemas enfrentados pela empresa vem de ações tomadas pelo seu governo. Uma sanção imposta pela gestão Trump proibiu empresas norte-americanas de exportarem tecnologias para a fabricante chinesa, o que impediu a ZTE de importar processadores Qualcomm e até mesmo o Android do Google, usado em seus smartphones.

Dentro dos Estados Unidos, a justificativa para ações que prejudicaram as operações da ZTE foi de que a fabricante representa algum tipo de “risco à segurança nacional”. A punição imposta por Trump à empresa foi feita após uma investigação que começou durante a gestão do presidente Barack Obama que concluiu que a ZTE vendia ilegalmente produtos para o Irã e para a Coreia do Norte.

Ex-editor(a)

Daniel Junqueira é ex-editor(a) no Olhar Digital