Um cabo submarino de rede custeado em parte pelo Google (em parceria com empresas de telecomunicações do Japão e da Ásia) começa a operar hoje na região do Pacífico. O cabo liga a cidade de Oregon nos Estados Unidos até as cidades de Chiba e Mie, no Japão, e tem mais de 9 mil quilômetros de comprimento. Ele usa tecnologia de fibra óptica otimizada com seis pares de cabos.
Embora o cabo só conecte três cidades, ele pode ser ramificado a partir delas para levar internet de alta velocidade à costa oeste dos Estados Unidos, bem como ao Japão inteiro, à Coreia do Sul inteira, a Singapura e a partes da China. De acordo com a Singtel, uma das empresas do consórcio que custeou o cabo, ele permite conexões de até 60 Terabits por segundo (60.000.000 Mbps).
O consórcio inclue as empresas Google, Global Transit, China Telecom Global, Singtel, China Mobile International e KDDI. Essas empresas se uniram à NEC, um grupo de telecomunicações japonês, para ajudar a viabilizar o cabo. Por conta de sua velocidade, o projeto recebeu o nome de FASTER (mais rápido, em inglês). O mapa abaixo mostra o traçado do cabo:
“Desde o começo do projeto nós constantemente repetimos uns aos outros “mais rápido, Mais Rápido, MAIS RÁPIDO”, e eventualmente esse se tornou o nome do projeto, e hoje ele se torna realidade”, disse Hiromitsu Todokoro, presidente do comitê de gestão do consórcio FASTER, em um comunicado à imprensa. O projeto foi inicialmente anunciado em 2014, e ficou pronto dentro do prazo.
Mais rápido
Como o Google e as operadoras de telecomunicações dependem de uma infraestrutura de rede robusta para atrair seus clientes, faz todo sentido que eles realizem investimentos desse tipo. Isso é particularmente importante para a região da Ásia, onde o mercado de serviços de telecomunicação é ainda mais competitivo.
O Google também vem investindo bastante em cabos submarinos. A empresa já anunciou em 2016 um cabo que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro e outro, feito em parceria com o Facebook, para conectar a Europa ao Brasil. Esse último deve estar funcionando até o final de 2017. Esse não é o único projeto de telecomunicações da empresa. Ela também investe em levar a internet a regiões desconectadas por meio de balões, e a fornecer conexões de alta velocidade a usuários dos EUA por meio do Google Fiber.
s cabos submarinos, por outro lado, também são um assunto bastante interessante. Embora não nos demos conta, são eles os responsáveis por levar a internet à maior parte dos locais conectados do mundo. O Olhar Digital já fez um especial com tudo que você precisa saber sobre os cabos, que pode ser acessado por meio deste link.