A Alphabet, conglomerado que controla o Google e outras empresas menores, anunciou os seus resultados para o segundo trimestre de 2018, e para surpresa de ninguém, os negócios vão muito bem, mesmo com a multa bilionária sofrida por práticas anticompetitivas aplicada pela União Europeia.

Se não fosse pela multa, o Google teria anunciado um lucro de respeitáveis US$ 8,27 bilhões, mas os números ficaram consideravelmente abaixo disso por causa da punição. Por este motivo, o lucro líquido anunciado ficou na casa dos US$ 3,2 bilhões.

Já as receitas, que costumam ser a métrica mais importante entre os investidores que ficam de olho nos resultados trimestrais, saltaram para US$ 32,66 bilhões no período, o que é um aumento considerável de 26% na comparação com o segundo trimestre de 2017. Talvez mais importante é o fato de que na comparação de 2017 com 2016 o aumento foi de apenas 21%, o que mostra que o Google ainda está acelerando seu crescimento.

Com o anúncio positivo, as ações da Alphabet dispararam após o fechamento do mercado, colocando o valor de mercado da empresa próximo dos US$ 900 bilhões e credenciando a gigante a entrar na corrida com Apple e Amazon para ser a primeira empresa na história a superar a marca de US$ 1 trilhão de valor de mercado.

É interessante observar também como o Google continua sendo a única parte da Alphabet que traz retorno para o conglomerado. Enquanto os números da empresa responsável pelo buscador, Android, YouTube continuam lá em cima, as “outras apostas” da companhia só trazem prejuízos e, inclusive, tem aumentado o ritmo das perdas. No último trimestre, o prejuízo chegou a US$ 732 milhões, enquanto no mesmo período de 2017 o valor era de US$ 633 milhões.