França descarta possibilidade de acordo tributário com Google

Redação31/05/2016 19h21, atualizada em 31/05/2016 19h31

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O ministro das Finanças da França, Michel Sapin, declarou que o governo irá assegurar que as multinacionais que operam no país paguem seus impostos, sendo que não serão aceitos acordos de negociação.

Na semana passada, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na sede do Google, em Paris, por conta de uma investigação sobre suspeita de sonegação fiscal. Além disso, no começo do mês, o McDonald’s também passou por investigação.

“Vamos até o fim. Podem haver outros casos”, afirmou Sapin em entrevista com a imprensa. “Nós não fazemos acordos como a Inglaterra, nós aplicamos a lei”, completou ao ser questionado se o governo iria aceitar uma negociação de dívidas.

O comentário se refere à um acordo estabelecido no início do ano, no qual o Google pagou 130 milhões de libras em impostos à Inglaterra. No entanto, o caso gerou críticas de parlamentares que consideram a quantia muito baixa.

Fontes do ministério sugerem que as autoridades locais querem recolher cerca de 1,6 bilhão de euros em impostos que seriam devidos pelo Google.

As grandes empresas estão sendo vistas com maus olhos pelos europeus. É comum as multinacionais criarem bases em países de baixa tributação, como Irlanda ou Luxemburgo, para depois criarem unidades em outros países, alegando que são usadas apenas como apoio. Mas a União Europeia está analisando uma forma de acabar com esta prática para garantir que as empresas paguem imposto onde elas lucram.

O Parlamento Europeu estima que, todos os anos, cerca de 70 bilhões de euros são perdidos, porque as empresas evitam pagar impostos usando várias brechas legais. Globalmente, o valor chega a US$ 240 bilhões por ano.

O Google, por sua vez, afirma que está cumprindo a lei francesas e representantes do McDonald’s não comentaram.

Via CNN Money

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital