Com as demissões da Nokia, a Finlândia, que tem um setor de tecnologia renomado, se viu com 15 mil vagas de emprego no setor vazias e agora luta para preencher milhares de vagas de desenvolvedores de software, pois carece de pessoas com as competências adequadas.

De acordo com a Associação Finlandesa de Empreendedores da Indústria de Softwares, o setor de tecnologia do país está à procura de cerca de 7 mil programadores.

Ao mesmo tempo, as empresas de tecnologia dizem que as políticas de imigração dificultam o recrutamento de trabalhadores de outros páíses. Além disso, as perspectivas de crescimento e recuperação da economia estagnada não são boas.

As startups e empresas pequenas de software, que estão fazendo a indústria local funcionar, muitas vezes procuram por funcionários com habilidades especiais que estão prontos para começar a trabalhar sem treinamento.

Essa preferência dificulta a recolocação de ex-funcionários da Nokia, que são engenheiros altamente especializados e que recebiam bons salários. Só no mês passado, a empresa anunciou um corte de 2.400 postos de trabalho no país.

O declínio da companhia e a falta de empregos de substituição é a principal razão para o mal-estar econômico da Finlândia, que está com a taxa de desemprego girando em torno de 9%.

“Não é necessariamente uma questão de competências, mas de montagem do local de trabalho. Trabalhar em um ambiente de inicialização rápida é muito diferente de trabalhar para uma grande corporação “, explica Micke Paqvalen, executivo-chefe da empresa de publicidade de automação Kiosked.

O governo finlandês, por sua vez exigiu que a Nokia e a Microsoft ajudassem os colaboradores que foram despedidos a encontrar novos empregos ou criar suas próprias empresas. Por isso, as companhias passaram a oferecer programas de reciclagem com parte dos pacotes de indenização.

Via Fortune