A experiência imersiva da realidade virtual parece ter sido feita sob medida para os esportes. Nos últimos meses, a Associação Nacional de Basquete até a Liga Nacional de Hóquei, ambas norte-americanas, têm transmitido jogos em RV com o objetivo de trazer mais verossimilhança e emoção para seus eventos ao vivo.
Agora é a vez dos fãs de lutas sentirem que estão dentro do octógono com os atletas. O Bellator MMA anunciou que irá usar a tecnologia para que os expectadores vejam os momentos pré-luta, treinamentos e os confrontos de perto.
Usando câmeras GoPro, os produtores conseguiram seguir os lutadores antes, durante e depois das lutas. A ideia é levar os espectadores para o mundo dos atletas e que eles experimentem momentos privados, quando recebem orientações para os combates e ficam com a família e amigos. Em seguida, as imagens serão transformadas em clipes e compartilhados nas redes sociais.
A tecnologia VR tem muito potencial para o mundo dos games, mas a grande questão é se ela poderá transformar o entretenimento de uma forma mais ampla. No caso das ligas esportivas, essa é uma maneira de renovar a lealdade dos fãs e conseguir audiência com um público cada vez mais jovem.
A realidade virtual está sendo discutida há pelo menos 30 anos, mas só agora a tecnologia de chips, sensores e softwares está avançada o suficiente para comercializar. Diversas empresas, como Sony, Facebook e HTC, já anunciaram que estão se preparando para lançar no mercado óculos de realidade virtual. A Sony já está com um modelo no mercado e o Google tem uma versão rudimentar feita de papelão.
No entanto, a indústria ainda precisa resolver alguns problemas para convencer o público a utilizar a VR. Os dispositivos que chegam ao mercado este ano ainda são volumosos e desconfortáveis.
“Experiências ao vivo tendem a ser longas”, explica Jens Christensen, que dirige a Jaunt, uma startup de realidade virtual com financiamento da Disney e Google. “As pessoas hoje realmente querem usar fones de ouvido durante três horas? Nós achamos que eles usam de cinco a 10 minutos”.
Como muitas pessoas têm gostado da experiência com a realidade virtual, não é impossível imaginar um futuro em que os espectadores usem os óculos de VR e um colete com sensores para sentir os golpes das lutas.
Via Bloomberg