Facebook usa inteligência artificial para mapear densidade populacional

Equipe de Criação Olhar Digital22/02/2016 12h42

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O Connectivity Labs, ramo tecnológico do projeto internet.org do Facebook, está utilizando inteligência artificial para criar mapas de densidade populacional do mundo. Os mapas permitem visualizar quais áreas dos planetas têm mais pessoas vivendo nela, com precisão de até 5 metros, o que fazem deles, segundo a empresa, os mapas mais precisos do mundo nesse aspecto.

A finalidade do mapeamento é auxiliar a empresa a decidir qual seria a melhor maneira de levar acesso à internet a populações sem conectividade digital. Áreas mais populosas precisarão de mais infraestrutura, e a tecnologia pode ser levada até elas por meio de hotspots WiFi, redes móveis ou até mesmo drones. O trabalho foi anunciado hoje durante o Mobile World Congress, em Barcelona.

Onde vivem os humanos

Para conseguir criar os mapas, o Facebook modificou a sua tecnologia de reconhecimento de imagens (que geralmente é responsável por reconhecer rostos de pessoas em fotos) para que ela conseguisse reconhecer construções humanas em imagens de satélite.

Feita essa modificação, a rede social alimentou o sistema com 350 terabytes de imagens, cobrindo uma área total de 21,6 milhões de quilômetros quadrados em 20 países diferentes. Segundo a empresa, nenhuma foto de usuários do Facebook foi usada nesse processo.

A tecnologia permitiu que a empresa conseguisse criar mapas que representassem muito melhor as áreas onde as pessoas vivem do que quaisquer outros já disponíveis. Enquanto seus mapas tiveram precisão de até 5 metros, os melhores mapas anteriores conseguiram ter apenas 1 quilômetro de precisão.

Outras utilidades

A empresa também formou uma parceria com a Columbia Universty para criar uma base de dados pública será disponibilizada ainda esse ano. A ideia é que pesquisadores também possam utilizar essas informações em quaisquer pesquisas que dependam de dados sobre densidade populacional nesses países.

Além de seu uso em pesquisas, a rede social acredita que os dados também possam ser valiosos para a criação de programas de avaliação de risco e de proteção para o caso de desastres naturais (já que eles tendem a ser mais devastadores quando acontecem em regiões densamente povoadas).