A DARPA, agência de pesquisa para projetos de defesa dos EUA, criou em parceria com o laboratório de física aplicada da Johns Hopkins University uma prótese robótica capaz de ser comandado pelo cérebro do usuário. Chamado de “Modular Prosthetic Limb” (membro prostético modular, ou MPL na sigla em inglês), ele é uma das próteses mais avançads do mundo.
O braço robótico se integra com uma espécie de bracelete no braço do usuário. O bracelete consegue captar sinais elétricos dos músculos e transmití-los via Bluetooth para os motores que controlam as articulações do braço. Com isso, o usuário consegue mover a prótese como se ela fosse seu próprio braço. O vídeo abaixo, em inglês, mostra a prótese em uso:
A prótese ainda tem sensores táteis capazes de detectar pressão, textura e temperatura. No entanto, um usuário como Johnny Matheny, do vídeo acima, ainda precisaria passar por outro procedimento cirúrgico para permitir que os sinais captados pelos sensores chegassem até seu cérebro.
Pré-requisitos
Embora contenha tecnologia extremamente avançada, um usuário precisa passar por diversos procedimentos médicos antes de poder utilizar o MPL. Matheny, por exemplo, já vem testando próteses para a DARPA desde 2011.
Para poder utilizar braços desse tipo, Matheny precisou primeiro passar por uma cirurgia que reorganizou os nervos restantes em seu braço, para que eles pudessem ser melhor aproveitados pela prótese. Em seguida, ele também foi paciente de uma cirurgia de osseointegração, que permite que próteses sejam acopladas diretamente ao osso de seu braço.
Progresso
Mesmo em seu estágio atual, a MPL ainda tem algumas limitações. Ao Gizmodo, o gerente de projetos do Escritório de Tecnologias Biológicas da DARPA, Doug Weber, disse que a comunicação entre o bracelete e a prótese ainda é um pouco problemática. “Ela precisa ser calibrada todo dia, e só oferece certa medida de controle”, disse. “Quando tivermos sensores menores que puderem ser implantados em diversos músculos, teremos mais canais de controle”.
Esses avanços também permitiriam que o usuário da rótese executasse diversos movimentos ao mesmo tempo. “Em vez de fazer as coisas sequencialmente: mover meu cotovelo, punho, depois dedos, eu posso fazer tudo isso ao mesmo tempo”, completou Weber.