Na semana passada, Mark Zuckerberg anunciou que o Facebook Messenger vai passar a contar com chatbots, softwares de inteligência artificial capaz de compreender e simular conversas com seres humanos.
Fim dos apps?
Na prática, os usuários do app conseguirão se comunicar com empresas e solicitar pequenas tarefas como pedir flores, verificar a previsão do tempo e visualizar notícias usando a plataforma.
“Não conheço uma pessoa que goste de falar por telefone com uma empresa ou que tenha que instalar um aplicativo cada vez que quer usar algo. Por isso transformamos o Messenger em um aplicativo para que as empresas se comuniquem com os usuários”, afirma o CEO do Facebook.
A ideia não é nova: na China, o WeChat, o app de mensagens mais popular do país, já permite que as pessoas façam compras, contatem empresas e paguem contas usando sua plataforma. A diferença é que por lá as pessoas apenas clicam em botões para executar as tarefas. No Facebook, será preciso digitar os comandos para que as ações sejam solicitadas.
Se os planos de Zuckerberg se concretizarem, no futuro o programa saberá do que o usuário gosta, lembrar do que ele disse e ajudá-lo a ter uma vida mais simples.
Novo negócio
A adição de chatbots ao Messenger pode ajudar a aumentar a receita da companhia. De acordo com o Wall Street Journal, a empresa deve começar a testar em breve algumas mensagens patrocinadas.
Antes de funcionar perfeitamente, no entanto, os robôs do Facebook precisam ficar mais inteligentes, conseguindo se comunicar em liguagem cotidiana com as pessoas. Especialistas apontam que essa não será uma tarefa complicada, já que grande parte dos 900 milhões de usuários, ao experimentar a novidade, fornecerão dados ao sistema e o ajudarão a se aprimorar.