De acordo com um estudo publicado no Journal of Nutrition Education and Behaviour, o uso de emojis na comunicação visual de mercados pode fazer com que as pessoas consumam mais frutas, legumes e verduras. Esse aumento, além disso, não implica um aumento no gasto total dos consumidores durante as compras.

No estudo, os pesquisadores instalaram grandes flechas verdes facilmente visíveis apontando para as seções de frutas e vegetais de um mercado. As flechas eram acompanhadas de dizeres como “siga a flecha verde para achar saúde” e emojis representando frutas e vegetais. Ao chegar na seção, os compradores viam um emoji piscando e um emoji fazendo um sinal de positivo “para facilitar a aprovação social de uma ação desejada”. 

Os pesquisadores usaram dois mercados diferentes para seu estudo, localizados em zonas postais diferentes mas com características demográficas semelhantes. Eles passaram duas semanas estudando os hábitos de consumo dos clientes dos dois mercados. Em seguida, eles realizaram a intervenção com flechas verdes e emojis em um deles, enquanto o outro era mantido como grupo de controle, por duas semanas.

Conclusões

No final da pesquisa, o autor principal do estudo, Collin Payne, pode concluir que a comunicação visual com emojis provocou um “aumento significativo” nos gastos dos consumidores com frutas, legumes e verduras. Além disso, o aumento dos gastos com esses produtos não se refletiu num aumento geral das contas dos clientes. Em outras palavras, as frutas e verduras passaram a substituir alguns dos produtos que os consumidores costumavam comprar.

Payne se mostrou bastante feliz com o resultado. Em entrevista ao EurekAlert, ele opinou que “esforços para levar os compradores a consumir comidas mais saudáveis sem aumentar o seu gasto total poderiam alavancar uma mudança na saúde pública.

Desde a publicação do estudo, a experiência de Payne já foi reproduziida em outros dois mercados, com resultados semelhantes: após 19 a 25 dias do começo da intervenção, os consumidores aumentaram seus gastos com frutas e legumes em até 15%. No entanto, o pesquisador acredita que seja importante que estudos futuros avaliem quanto tempo essa intervenção pode ter efeito.