Desempenho da Apple rende mais de R$ 280 milhões em bônus a Tim Cook

O bom desempenho das ações da Apple no mercado financeiro rendeu ao seu CEO, Tim Cook, uma recompensa de US$ 89,2 milhões (cerca de R$ 282 milhões). Segundo a Bloomberg, esse pagamento foi feito na última quinta-feira, 24, na forma de 560 mil ações da empresa, que valiam, naquele momento, quase US$ 160 (cerca de R$ 510) cada.

Metade desse pagamento foi recebido por Cook graças ao bom desempenho da empresa no mercado financeiro nos últimos anos. Essa metade é recebida por ele se as ações da empresa superarem o desempenho de pelo menos dois terços das outras empresas que estão no índice S&P 500. Esse índice lista as empresas cujos papéis são negociados na Bolsa de Valores de Nova York ou na Nasdaq.

Segundo o Business Insider, esse é o bônus máximo que um executivo da Apple pode receber, e essa é a quarta vez seguida que Cook recebe o teto do bônus. Ele começou a receber esses pagamentos em 2011, quando “herdou” de Steve Jobs o cargo máximo da Apple. Desde então, ele vem recebendo anualmente prêmios desse tipo relacionados ao desempenho da empresa.

Frutos do trabalho

Não é à toa que Cook tenha recebido o prêmio máximo. Ainda que a empresa tenha lutado para lançar produtos tão inovadores quando os iPhones, o desempenho de suas ações vem de vento em popa. Como o Mashable ressalta, só em 2017 elas já se valorizaram mais de 39% – uma taxa de crescimento que, de acordo com o site, só costuma ser vista em pequenas empresas em rápida ascensão.

De fato, o último balanço divulgado pela empresa superou as expectativas dos investidores, e fez com que as ações da Apple atingissem o valor recorde de US$ 159,75. Entre abril e junho deste ano, a receita da empresa cresceu 7% na comparação com os mesmos meses de 2016, e o lucro da companhia cresceu 12% no mesmo período.

Cook, no entanto, parece não ter grandes ambições para o dinheiro que ganha sob o comando da empresa. De acordo com uma matéria antiga da Fortune, seus principais objetivos são pagar pelo ensino superior de seu sobrinho e, depois, doar o resto para instituições filantrópicas.