O Google inaugurou hoje o seu Google Campus em São Paulo e, como de costume para empresas de tecnologia de grande porte, seu novo edifício não deixa nada a desejar em termos de infraestrutura. Em relação a conforto e bem-estar, os empreendedores de startups que ocuparem o espaço também estarão muito bem servidos.

Doze escritórios de arquitetura e mais de 100 pessoas estiveram envolvidas na criação do edifício. De acordo com o arquiteto Lula Gouveia, que participou do projeto, a elaboração do espaço teve duas premissas básicas: fazer os usuários se sentirem em casa e celebrar a cidade de São Paulo. “Nos Estados Unidos, as pessoas têm a cultura de ‘startup de garagem’, mas aqui ninguém trabalha em garagem, então a gente teve que traduzir essa sensação de lar para um espaço diferente”, comentou Lula.

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Essa tradução resultou em salas mais semelhantes às de escritórios, com bancadas grandes, misturados a áreas de convivência com iluminação mais baixa e cores mais quentes. Para celebrar a cidade, por outro lado, os arquitetos usaram os materiais predominantes na cidade: concreto, madeira e metal. Em cada andar, há também uma varanda com rede, para momentos de repouso.

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A diversidade cultural da cidade também foi um ponto de foco para os arquitetos, que a representaram nas salas de reuniões do espaço: cada uma delas tem como tema uma festa de presença forte na cidade, como a Festa Junina, o Bumba Meu Boi, a Virada Esportiva e a Feira da Kantuta:

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Cada andar tem uma pequena copa, além dos espaços de trabalho e reunião, onde os trabalhadores podem se encontrar e fazer as refeições. Há também um Sofá Café, no último andar, que também serve a esse propósito.

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Tradicionais guaritas de segurança também aparecem no espaço, como pequenas áreas reservadas para pessoas trabalhando ou para fazer ligações telefônicas. E em um dos espaços de convivência do edifício, conchas protetoras de orelhões foram transformadas em cadeiras:

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Além disso, o projeto tem certificação LEED Gold, a certificação máxima em sustentabilidade. Ele possui uma grande quantidade de plantas nativas, fáceis de se cuidar, que aproveitam a água da chuva e filtram o ar. Parte do entulho da obra também foi triturado e utilizado em placas de metal usadas no prédio.

Outro aspecto que os arquitetos tentaram incorporar foram os “Easter Eggs” do Google. Um deles aparece logo na entrada, na forma de chapas de metal com furos e traços. Esses padrões representam o código binário, e escrevem “Google Campus São Paulo” nessa linguagem:

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Qualquer pessoa pode se cadastrar para ter acesso a algumas áreas do Campus, como os auditórios e o café. Os espaços de trabalhos, porém, são reservados às empresas selecionadas para o programa de residência de startups do Google. Veja aqui como fazer para se cadastrar ou se inscrever para o programa.