Não é segredo que as maiores companhias de tecnologia do mundo estão de olho na realidade virtual. Google, Facebook, Sony, Samsung e HTC são algumas das gigantes que estão apostando alto na novidade, esperando faturar alto. E segundo o presidente da Nokia, a empresa também está focada na área. Mas, ao contrário das concorrentes, sob uma outra visão: a produção de conteúdo.
“Tivemos alguns projetos em realidade aumentada. Tivemos projetos de câmeras, tivemos projetos de óculos… Tivemos projetos de todo o ecossistema, por assim dizer. E foi uma combinação das perguntas: quão bom é tecnicamente:[o produto]? Quão bem estamos protegidos? E finalmente, onde vamos chegar?”, afirma Ramzi, explicando que a Nokia percebeu na ocasião uma oportunidade para se reinventar. “Mas os óculos de realidade virtual que desenvolvemos eram realmente bons”, pontua o presidente.
Um novo nicho de mercado
Haidamus conta que percebeu que, em vez de competir com empresas como Oculus, Sony e HTC no mercado de óculos de realidade virtual, a Nokia poderia se focar num outro mercado: o de produção de imagens. Ao oferer a Ozo, a câmera que grava imagens em 360º com qualidade 4K, a Nokia poderia evitar dores de cabeça e obstáculos enfrentados por empresas que trabalham, por exemplo, no desenvolvimento dos óculos de realidade virtual.
A decisão, no entanto, não foi tomada sem arrependimentos. “Eu fui burro de apostar todas as fichas no Ozo e deixar os óculos de lado. Em breve eles serão muito populares”, afirma Haidamus.
Ozo
A câmera, que deve custar cerca de R$ 60 mil, deve começar a ser vendida em breve. De acordo com o presidente, o diferencial do dispositivo é a possibilidade do produtor de conteúdo visualizar o que está gravando em tempo real. Basta utilizar um par de óculos de realidade virtual, como o Rift. Normalmente, é preciso esperar o processo de pós-produção para ver o trabalho feito.
Via Engadget