Pensar em smartphone, hoje em dia, é pensar em Apple, Samung, LG, Motorola, Asus, Sony e a novata Xiaomi. Mas tem uma empresa que chegou discretamente nas lojas brasileiras já começa a conquistar espaço entre as grandes: a BLU.
Se você nunca ouviu falar da BLU Products, não se preocupe, você não é o único. A empresa, apesar de estar no mercado de aparelhos telefônicos há quase duas décadas, só lançou os seus primeiros dispositivos em 2009. O mais interessante é que o CEO é o brasileiro Samuel Ohev-Zion.
Fundada em Miami por Daniel Ohev-Zion, pai do CEO, a companhia inicialmente trabalhava com a exportação de produtos eletrônicos para a América Latina, incluindo celulares da Nokia, Motorola e Sony Ericsson. Já consolidada na parte de exportações, a BLU passou a investir em uma linha própria de produtos.
Desde então, o crescimento das vendas tem sido exponencial. Só no primeiro ano foram comercializados 90 mil aparelhos, número que saltou para 700 mil no ano seguinte. Em 2011, a empresa atingiu uma marca de 2,1 milhão de smartphones e celulares feature phones; 4,2 milhões em 2012; 8 milhões em 2013; a empresa não informou os número de 2014 e 2015.
Espaço no mercado
Um levantamento feito pela consultoria Gartner a pedido do Olhar Digital mostrou que, em 2015, a BLU ocupou o quarto lugar nas vendas de smartphones no Brasil, com 9,4% de participação. A fabricante já está à frente da Apple, que representa 4,5% das vendas no país, e ficou atrás somente da Samsung, Lenovo (controladora da Motorola) e LG.
A fabricante está presente em mais de 40 países, sendo que os principais mercados são dos Estados Unidos, Caribe e América Latina. A BLU produz smartphones com sistema operacional Android e Windows Phone que custam entre R$ 400 e R$ 800.
O aparelho top de linha da BLU é o Pure XL, lançado ano passado no mercado norte-americano por US$ 349 e que ainda não chegou ao Brasil. O smartphone tem tela Amoled de 6 polegadas com resolução Quad HD (2560×1440 pixels), processador MediaTek Helio X10 de 64 bits, 3GB de memória RAM, 64GB de armazenamento interno e câmera traseira de 24 megapixels que grava vídeo em 4K e tem sistema de estabilização ópitica, já a câmera frontal tem 8 megapixels.
A marca busca oferecer aparelhos de qualidade e preços mais acessíveis quando comparados com os produtos das grandes empresas de tecnologia. Além disso, ela também não trabalha com operadoras de telefonia; o consumidor compra o dispositivo em uma loja licenciada ou pela internet e coloca o chip da empresa que achar mais vantajosa.
Quando alguém vai comprar um celular de grandes marcas, acaba pagando embutido no preço o custo de produção, marketing, estruturas modernas das empresas, o contrato e gastos que envolvem a operadora, entre outros fatores que entram na conta. Ao manter uma empresa enxuta, com 300 funcionários, e deixar de lado a publicidade e os parceiros comerciais, a BLU consegue se destacar no quesito custo-benefício.
Você pode conferir aqui a análise que o Olhar Digital fez dos aparelhos da marca, o Studio C Mini e o Studio C HD.