O que o processador, a RAM e o HD do seu computador têm em comum? Eles estão todos conectados à placa-mãe, que não se chama “mãe” à toa: é ela que conecta todos os componentes do PC e garante que eles todos funcionem juntos, então é importante que ela seja de boa qualidade. Se você pretende montar um computador, vale a pena investir um tempo escolhendo uma adequada.

Essa escolha, porém, pode levar algum tempo: como a placa-mãe une todos os componentes do PC, é preciso garantir que ela é compatível com cada um deles para que tudo funcione corretamente. Felizmente, estamos aqui para te ajudar.

Abaixo, listamos oito fatores nos quais você precisa pensar antes de investir numa placa-mãe. Se você estiver em busca de uma placa, confira se ela se adequa a esses oito pontos: se sim, pode trazê-la para a sua família. Confira:

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1. Forma e tamanho

Placas-mãe existem numa variedade de tamanhos e configurações, e é importante que você escolha uma que seja compatível com a fonte e o gabinete que você tem. Os tamanhos mais comuns são (do maior para o menor) ATX, miniATX e microITX (sim, é um I e não um A nessa última). Mais tamanho significa, geralmente, mais espaço para encaixar coisas: as placas ATX costumam ter mais slots para RAM (quatro ou mais) e mais interfaces PCI (até quatro de 16x), por isso são mais comuns em PCs super potentes. As microITX, por sua vez, são bem menores, mas mesmo assim podem ter dois ou até mais slots para RAM e ao menos uma interface PCI de 16x para placas de vídeo. 

2. Soquete do processador

Não é qualquer processador que encaixa em qualquer placa-mãe. Antes de comprar qualquer placa, é importante pensar no processador que você vai usar, descobrir qual é o soquete que ele exige, e comprar uma placa-mãe compatível. Os processadores Skylake e Kaby Lake (os mais recentes) da Intel, por exemplo, usam o soquete LGA 1151. Os processadores AMD FX 9000, alguns dos mais recentes da AMD, por sua vez, usam o soquete AM3+. Antes de investir na placa, certifique-se de que ela é compatível com o processador que você pretende usar.

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3. Compatibilidade com RAM

Outro ponto importante é escolher uma placa-mãe compatível com a RAM que você tem (ou pretende ter). Se você quer usar quatro pentes de 8 GB, por exemplo, precisará de uma placa-mãe com quatro slots para RAM. Mas além disso, é importante verificar também se a placa aceita o tipo de RAM que você tem. O tipo mais recente é a RAM DDR4; algumas placas mais antigas, porém, só serão compatíveis com RAM DDR3. Não se esqueça de verificar antes de investir.

4. Interfaces PCI

Se você pretnde usar esse computador para games, precisará pelo menos de uma interface PCI 16x na placa-mãe: é nela que você encaixará sua placa de vídeo. Interfaces PCI 16x são as maiores, e alguams placas também têm interfaces PCI 8x ou até 4x; essas normalmente são usadas por placas de som ou antenas Wi-Fi e Bluetooth. Para games, porém, o essencial é a PCI 16x. Algumas placas de vídeo, embora ocupem uma interface só, são tão grossas que acabam “tapando” a interface debaixo. Isso é importante levar em conta se você pretende usar mais de uma placa de vídeo: mesmo que você só queira usar duas, pode ser necessário adquirir uma placa-mãe com quatro interfaces desse tipo.

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5. Conexões SATA

É por meio de conexões SATA que a placa-mãe se conecta a dispositivos de armazenamento como HDs e SSDs. Você precisará de pelo menos uma conexão SATA na placa-mãe para cada dispositivo desses que você pretende usar. Se você só for usar um SSD, uma conexão SATA basta. Mas se você quiser ter um SSD para o sistema operacional e um HD para outros arquivos, lembre-se que precisará de pelo menos duas. Configurações RAID de armazenamento (com vários SSDs ou HDs interligados) também costumam exigir conexões especiais da placa-mãe, então se você pretede fazer isso, garanta antes que a sua placa é compatível.

6. Marca e qualidade

Um dos piores problemas que você pode ter na hora de montar um computador é mau contato na placa-mãe. Quando isso acontece, o PC não liga e você não sabe por quê, fica achando que é defeito em algum dos componentes e pode ter uma dor de cabeça imensa até descobrir que o problema era mau contato. Esse é só um dos motivos pelos quais vale a pena investir numa marca em que você confia. Além disso, há que se considerar que, se a sua placa-mãe der problemas e precisar ser trocada, vai dar um trabalho enorme e pode exigir que você troque outros componentes também. Economizar aqui, portanto, pode fazer vocÊ gastar muito mais dinheiro mais para frente. Entre algumas marcas mais conhecidas estão Asus, Gigabyte, MSI, Intel, EVGA, Zotac e Acer.

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7. Portas USB e de cartão

Se você já tiver um gabinete, veja se ele tem portas USB e leitor de cartão na parte frontal. Se ele tiver, você precisará de uma placa-mãe que ofereça suporte para esses recursos. É necessário ligar essas interfaces do gabinete por meio de um conector e ligá-las na fonte para que elas funcionem. Garanta que a sua placa tem essas conexões, e que há espaço no gabinete para passar os fios sem deixar muita bagunça.

8. Wi-Fi

Se você está acostumado a usar notebooks, já está acostumado a ligar o PC e conectar ao Wi-Fi. Isso só é possível, porém, porque há alguma conectividade Wi-Fi na placa-mãe do notebook. As placas-mãe para desktops, no entanto, costumam não vir com esse recurso. Verifique se a placa que você escolheu possui conectividade Wi-Fi embutida. Se não, não se preocupe: você pode comprar uma antena Wi-Fi USB depois, por um valor não muito alto (comparado ao da placa, pelo menos)